Em entrevista concedida com exclusividade ao titular do portal LeoDias, Henrique Velozo, autor do disparo que matou o octacampeão mundial de jiu-jitsu, Leandro Lô, na madrugada do dia 7 de agosto de 2022, em uma casa noturna da zona Sul de São Paulo, falou pela primeira vez sobre um dos fatos sobre o crime que mais causaram revolta da sociedade. Após efetuar o disparo que matou Leandro Lô e chutar o lutador que já estava inconsciente no chão, Henrique Velozo deixou a casa noturna, sem prestar socorro ou acionar qualquer autoridade policial, e se dirigiu a um prostíbulo. Lá, segundo imagens e documentos anexados no processo, no qual o portal LeoDias teve acesso, consumiu mais de R$ 1.500 e saiu acompanhado de uma garota de programa para um motel, onde permaneceu por mais de dez horas.
Ele admite que os fatos ocorreram, mas afirma que aquilo não o representa, e que estava em estado de choque.
“Infelizmente eu tenho que falar que procede sim, eu saí de lá e fui para outro lugar.”
Veja as fotosAbrir em tela cheia Henrique Velozo, policial militar que matou Leandro Lô, em entrevista exclusiva a LeoDias após ser absolvido na JustiçaFoto: Reprodução/LeoDias TV Henrique Velozo, policial militar que matou Leandro Lô, em entrevista exclusiva a LeoDias após ser absolvido na JustiçaFoto: Reprodução/LeoDias TV Henrique Velozo, policial militar que matou Leandro Lô, em entrevista exclusiva a LeoDias após ser absolvido na JustiçaFoto: Reprodução/LeoDias TV Henrique Velozo, policial militar que matou Leandro Lô, em entrevista exclusiva a LeoDias após ser absolvido na JustiçaFoto: Reprodução/LeoDias TV
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Ao ser questionado sobre o fato de ter contratado uma garota de programa e permanecido com ela em um motel por mais de 10 horas, Henrique diz: “[Foi] em comum acordo ali, não houve contrato, não havia dinheiro envolvido. Infelizmente isso ocorreu, mas eu afirmo que isso não faz parte de mim, não me representa.”
“Meu corpo estava presente, mas minha mente não estava”
O PM afirma que estava em choque: “Observando hoje mais friamente, aquilo reflete justamente um cérebro em conflito, desconectado da realidade, uma espécie de choque. Parecia que o meu corpo estava presente, mas a minha mente não estava.”
Ele reconhece que o episódio causa estranhamento no público: “Eu posso falar que aquilo não me define e infelizmente procede.”
Durante a entrevista, LeoDias questiona se ele não considera o fato de ter ido para uma boate e para um motel após atirar em uma pessoa, uma falta de empatia, e Henrique responde: “Não é falta de empatia (…) muitas vezes a pessoa pode sofrer um choque emocional (…) eu acredito que naquele momento foi um abalo para mim.”
Por que não ficou no local e chamou a polícia?
Segundo ele, permanecer no local do crime poderia ter provocado uma tragédia maior: “Não foi possível esperar no local (…) os amigos dele ainda avançaram contra mim e isso ninguém fala (…) um deles ainda tentou arrebatar a minha arma.”
E reforça: “Eu poderia ter efetuado disparos em todos os outros (…) mas não efetuei.”
Quanto tempo ficou na segunda boate?
“Tempo eu não sei precisar”, disse. No entanto, de acordo com imagens de câmeras de segurança, também anexada nos autos do processo, no qual o portal LeoDias teve acesso, ele permaneceu por 1 hora e 59 minutos no estabelecimento antes de seguir acompanhado para um motel.
Negou ter cometido o crime para seus familiares
Em depoimento à polícia, a mulher que o acompanhou no motel relatou que durante o período que esteve com ele no quarto, ele recebeu ligações de amigos e familiares e a todo momento negou ter cometido o crime.
“O principal ponto é o nosso receio de ferir as pessoas que a gente ama (…) eu jamais envolveria minha família em uma coisa desse tipo (…) meu posicionamento foi sempre esse: ‘fiquem tranquilos, não aconteceu nada’.”