Vale diminui estimativa para produção de minério de ferro em 2026

Vale diminui estimativa para produção de minério de ferro em 2026

Uma das maiores fornecedoras de minério de ferro do mundo, a Vale informou nesta terça-feira (2/12) que reduziu a sua estimativa para a produção da matéria-prima siderúrgica para o ano que vem.

O anúncio da companhia ocorre em meio ao arrefecimento da demanda global e ao aumento da oferta, principalmente vinda do continente africano.

De acordo com as novas projeções da Vale, devem ser produzidos entre 335 milhões e 345 milhões de toneladas de minério de ferro em 2026. A estimativa é inferior à faixa de 340 milhões a 360 milhões de toneladas anunciada anteriormente.

A Vale também informou que deve entregar cerca de 335 milhões de toneladas de minério de ferro neste ano.

Em 2025, os preços do minério de ferro subiram e têm se mantido acima de US$ 100 por tonelada pelo menos desde agosto. Parte dos analistas do mercado aposta que esse valor deve cair no ano que vem, com o possível aumento da oferta de grandes mineradoras.

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Investimentos

A Vale anunciou ainda que projeta investimentos de capital entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026. O montante veio abaixo da estimativa anterior da empresa, de US$ 6,5 bilhões. Ao longo deste ano, a Vale já reduziu suas projeções anuais de investimentos duas vezes, chegando a US$ 5,5 bilhões.

A mineradora prevê aportes de US$ 2,6 bilhões no ano que vem em atividades relacionadas aos rompimentos das barragens de Mariana (MG), em 2015, e Brumadinho (MG), em 2019. Entre esses investimentos, estão a descaracterização de estruturas, desembolsos previstos a partir de acordos de reparação e compensação e despesas incorridas.

Os aportes relacionados a esses compromissos devem cair, gradativamente, para US$ 1,9 bilhão em 2027, US$ 1,3 bilhão em 2028, US$ 1,5 bilhão em 2029 e US$ 800 milhões em 2030.

O rompimento da barragem em Brumadinho, que ocorreu no dia 25 de janeiro de 2019, foi um dos maiores desastres ambientais da mineração do país, causando a morte de 272 pessoas.

Já a tragédia do rompimento da barragem de Mariana, em 5 de novembro de 2015, matou 19 pessoas e despejou mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério no meio ambiente, contaminando a bacia do Rio Doce em Minas Gerais e no Espírito Santo.

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