Após muita reclamação de pais e professores e consequentemente da repercussão negativa nas redes sociais, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP) voltou atrás com a decisão de iniciar o ano letivo presencial nas escolas gerenciadas pelo município. A informação foi confirmada hoje (29) através da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Rio Branco que enviou mensagem aos veículos de comunicação e aos jornalistas.
“O prefeito Tião Bocalom afirma que a secretaria Municipal de Educação se reuniu com outras instituições, diretores de escolas e pais de alunos onde optaram por continuarem somente com aulas remotas (EaD), nesse momento. Visto que é uma deliberação colegiada, Bocalom decidiu não retornar com as aulas presenciais do 5° ano”, informou a diretoria de Comunicação.
Vale lembrar que a pressão foi muito forte em cima do prefeito e da Secretaria Municipal de Educação. Professores, sindicatos, pais e partidos políticos manifestaram preocupação quanto ao retorno presencial dos alunos nas escolas. As aulas estavam marcadas para iniciar em 8 de fevereiro.
Para defender e justificar a sua decisão efêmera, o prefeito chegou a dizer em entrevista que em países como o Japão, as aulas tiveram início com segurança. “Na Europa e no Japão, por exemplo, está tendo aula normal. Infelizmente, só nos países mais pobres estão com essa história de não colocar as crianças nas escolas”, ressaltou.
Nesta quarta-feira (27) o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTESAC), Rosana Nascimento, abriu diálogo sobre o adiamento do início do ano letivo e recebeu a informação de que a prefeitura estaria disposta a abrir mão, por enquanto, do retorno imediato dos alunos às salas de aula. Na contrapartida, o sindicato cobrou do prefeito a imunização o quanto antes de todos os profissionais da educação municipal.
Por Wanglézio Braga
