27 novembro 2024

Se quiser fechar as divisas com Rondônia e Amazonas, Gladson não precisa pedir ajuda, basta acionar a Anvisa

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Leonildo Rosas

Não se sabe se o governador do Acre paga mico por ignorância ou porque gosta.

Mostrando profundo desconhecimento, Gladson Cameli vem dizendo que pediu ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o fechamento das fronteiras e divisas do Acre.

Cameli bateu na porta errada.

Essa é uma prerrogativa do presidente da República.

Sobre as fronteiras, há portaria dos ministros da Saúde, Justiça e Segurança Pública e Casa Civil disciplinando a situação, desde o dia 8 de janeiro.

Os ministros receberam delegação do presidente Jair Bolsonaro.

No tocante ao fechamento das dividas com Rondônia e Amazonas, o mico é ainda maior, pois tudo depende de Gladson Cameli.

Em março do ano passado, Bolsonaro delegou aos governadores a possibilidade de restringir a circulação de veículos por estradas, inclusive interestaduais, para combater o coronavírus.

Antes da delegação, os limites vinham sendo impostos de maneira unilateral pelos estados, o que contraria frontalmente a Constituição.

Bolsonaro, para resolver o impasse, publicou uma resolução que transfere da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a órgãos de vigilância dos estados a competência para prever as condições técnicas para fechamento ou bloqueio de estradas.

Pelo texto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, ficou delegado aos órgãos estaduais fazer a recomendação técnica para “o estabelecimento de restrição excepcional e temporária por rodovias de locomoção interestadual e intermunicipal”.

As competências da União estão expressas no artigo 22 da Constituição, que inclui legislar sobre trânsito e transporte.

No parágrafo único ao final do artigo, a Carta autoriza que o governo federal delegue aos estados a decisão de tomar medidas sobre esses temas, mas com base na aprovação de uma lei complementar.

Ou seja: se quiser fechar as divisas com o estados vizinhos, basta o determinador Gladson Cameli determina que a Anvisa o faça

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