Além do crime bárbaro envolvendo a adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, que foi achada enterrada em uma cova rasa nesse domingo (31), a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o desaparecimento da irmã dela, uma menina de 14 anos.
O corpo de Raquel foi achado em uma área de invasão depois do Ramal do Pica Pau, em Rio Branco, por uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
A polícia chegou a informar que no local poderia ter mais covas e fez buscas durante o domingo, mas nenhum outro corpo foi achado. A suspeita é que a área era usada por facção criminosa para enterrar vítimas.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Cabral afirmou que há fortes indícios de que adolescente, que não teve o nome revelado, também tenha sido morta e enterrada na mesma região que a irmã. A informação é que ela está desaparecida desde setembro do ano passado.
“Até o presente momento não foi constatada [a presença de mais corpos no local]. Estamos com investigação em curso em relação ao desaparecimento da irmã dela. Há indícios de que a irmã tenha sido assassinada e, nos mesmos moldes dela [Raquel], teria sido enterrada em uma cova rasa ali naquela região, tendo em vista que aquela área de mata é muito grande”, afirmou o delegado.
O sargento Frota, do Bope, disse ao G1 que a família, com medo de represálias, não registrou o desaparecimento e morte da primeira adolescente e agora a facção teria matado a irmã.
A polícia também informou que a adolescente achada morta seria de uma facção criminosa e havia pedido para sair. Ela teria ainda sido arrastada de dentro de uma igreja para ser morta com um tiro no rosto.
“É uma adolescente de 13 anos, já teve um crime semelhante na família, a gente está fazendo essas investigações, essas ligações. A família ainda não compareceu na delegacia para prestar as declarações, então é prematuro a gente apontar aí uma motivação para o crime ou tirar qualquer dúvida da participação dela em organização criminosa”, disse Cabral.
Ainda segundo o delegado, o prazo para concluir o inquérito policial sobre a morte de Raquel é de 30 dias. No entanto, casos como esses “complexos” tendem a demorar mais.
Na ação policial em que o corpo da adolescente foi achado, dois suspeitos de participação no crime foram presos em flagrante. Segundo o delegado, esses dois teriam ajudado na ocultação do cadáver.
Por Iryá Rodrigues, G1 AC