Por Aboud Mamede
O professor e bancário Kaio Camurça Furtado de 25 anos de idade, falou em entrevista sobre os impactos da pandemia em suas profissões. Furtado é bacharel em Ciências Contábeis com Especialidade em Perícia Tributária e Docência no Nível Superior. Camurça é bancário na empresa Bradesco e leciona no Centro Universitário U:Verse, em Rio Branco no Acre.
Inquirido sobre os impactos da pandemia, a resposta foi se reinventar. “Tivemos que nos reinventar, tivemos que nos adaptar como novas ferramentas de trabalho, neste caso as virtuais, o professor tem que ter o poder de incentivar os alunos a querer o aprendizado por meio virtual, não é uma tarefa fácil. Sofremos muito com as adaptações. O mundo virtual cresceu muito, o que deveria crescer em 10 anos, cresceu em 1. Essa parte da comunicação fez com que o presencial não fosse tão necessário, até mesmo nas reuniões. O aluno pode acessar todos os conteúdos via online, mas isso poderia ser bom, mas não é, porque o contato no aprendizado é muito importante. Já no banco, estamos mais acostumados com esse mundo virtual, foi estabelecido o Home Office, e a tecnologia no banco, acredite, fez a empresa cortar custos, um fator positivo”, disse.
Perguntado sobre os prejuízos, a resposta foi adaptação. “A questão da adaptação ao mundo virtual foi o que mais nos prejudicou neste período, porque não é fácil ficar o dia inteiro na frente do computador. Também existe a questão de manipular os comandos do computador, nem todos têm intimidade com as máquinas. Já no banco, o mais trabalhoso foi educar as pessoas no quesito tecnologia”, relatou.
Furtado falou da lição tirada do momento, e disse da necessidade de amar mais o próximo. “A lição que tomei pra mim foi me aproximar mais de Deus e aceitar sua vontade. As relações pessoais ficaram mais presente, e o que eu não falava antes para as pessoas que gosto, hoje eu falo. Fez-me refletir várias situações, o não apego aos bens materiais”, expressou.
Ao concluir e deixando uma mensagem, falou da necessidade de se aproximar mais de Deus. “Temos que nos aproximar mais de Deus. Este assunto é muito sério. Temos que cuidar das pessoas, dos idosos, principalmente os acometidos. Temos que nos preocupar com a situação econômica, porque não existe fórmula mágica. Não podemos culpar o governo, também são vítimas da pandemia. E sair pra trabalhar, eu enxergo que tem que agir, o país não pode parar, é óbvio que com todos os cuidados sanitários. Não podemos ficar como a Argentina, lá 70% está na pobreza. Precisamos de estratégias econômicas, para gerar receita, se não num venceremos este momento. Obrigado pela oportunidade de estar falando, e espero poder ter contribuído com a sociedade neste momento”, concluiu.