O Rio Negro registrou neste sábado, 5, 30 metros na capital amazonense, a maior marca desde 1902, ano em que o nível do rio passou a ser monitorado pelas autoridades. O recorde anterior foi superado no dia 2 de junho, após subir acima de 29,98 metros, ultrapassando em 1 centímetro o nível recorde registrado em 2012.
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o nível do rio poderia alcançar 30 metros, o que se confirmou hoje, podendo subir mais dois centímetros até o final do período. O boletim de monitoramento hidrometeorológico da região publicado na sexta aponta que, em Manaus, o rio segue em processo de enchente severa subindo a uma média de 1 cm por dia na última semana.
O Rio Solimões também preocupa, na cidade amazonense de Manacapuru o rio atingiu hoje a marca de 20,82 metros, nível que também representa a maior cheia da série histórica Até então o recorde havia sido registrado em 2015. Os registros em Manacapuru têm 49 anos.
Em Itacoatiara, a cheia do Rio Amazonas é a 2ª maior, tendo atingido 15,20 metros. O recorde é 16,04 m, observado em 2009. Segundo dados da Defesa Civil do Estado do Amazonas, dos 62 municípios do Amazonas, 58 estão alagados, e 414.371 pessoas estão afetadas.
Conforme divulgado pelo Serviço Geológico, o que determina a magnitude dessas cheias é a chuva que ocorre em todas as bacias que drenam para essa região, como a bacia do Negro, do Solimões e todos os seus afluentes (Purus, Juruá, Japurá, Jutaí e etc), incluindo suas áreas externas ao Brasil, na Colômbia, Peru e Equador. A Bacia Hidrográfica do Amazonas é a maior bacia hidrográfica do mundo.