Os relacionamentos amorosos são estruturas complexas, que costumam envolver inúmeros mecanismos e instrumentos considerados importantes. O que é ou não relevante para um casal pode variar, sem existir uma fórmula básica a ser aplicada em todos os casos.
Assim como existem vários tipos diferentes de estruturas familiares, nem sempre o que é considerado importante para um par é encarado da mesma forma por outro.
Quando entramos num relacionamento, esperamos que os pontos de convergência sejam maiores que os de divergência, ou seja, queremos que o nosso parceiro ou parceira tenha coisas em comum e valorize o que valorizamos. Nem sempre é assim, já que cada indivíduo é criado de uma maneira, perpassado por realidades e manifestações culturais que, muitas vezes, nem sequer compreendemos.
O mexicano James Flores, de Nuevo León, passou por algo parecido recentemente. Ele estava noivo e organizava da melhor maneira possível o seu casamento, marcado o grande dia para 16 de outubro.
Salão, igreja, até o menu já haviam sido pagos. No dia 12, uma publicação em seu Facebook chamou a atenção dos familiares e amigos, ele estava anunciando a transferência dos preparativos do evento para quem se interessasse.
James estava vendendo todos os itens do casório, desde os móveis até o letreiro luminoso “love”, que ficaria na entrada do salão. Todos ficaram intrigados com aquela situação, pois aparentemente o rapaz e a noiva se entendiam muito bem e, até onde todos sabiam, não existia nenhum motivo aparente para a dissolução do relacionamento. Até os jornais locais se interessaram pela história, e quando souberam de tudo, a notícia ganhou os holofotes.
Pai solteiro de três crianças, James sempre quis se casar com uma mulher que atuasse como “mãe” dos seus filhos, uma companheira que ajudasse a dividir todas as dificuldades. Mas, quando conversaram sobre o assunto, ele descobriu que a noiva não se interessava em ajudar a criar os futuros enteados, achava que a responsabilidade era apenas dele.
O diálogo tardio fez com que James tivesse que simplesmente vender tudo o que já havia comprado e tentar passar adiante tudo que tinha alugado. O salão era para 200 pessoas, bebidas, menu com dois pratos, a igreja e até mesmo o fotógrafo.
