Os sargentos da Polícia Militar do Acre, Alda Radine e Erisson Nery, que ficaram conhecidos nas redes sociais após assumirem um trisal com a administradora Darlene Oliveira, foram denunciados anonimamente ao Conselho Tutelar por negligência aos filhos, um de 13 e outro de 17 anos.
Para a sargento Alda, que nega todas as acusações, a denuncia se trata de crime de homofobia. Em uma sequência de vídeos no Instagram, ela diz que compareceu ao órgão na manhã desta segunda-feira (9). A denúncia foi protocolada no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e diz que os filhos dos militares são negligenciados, violentados, deixados em casa por dias e que são constrangidos por conta do trisal: “ficam sem entender, confusas e depressivas”, diz a denuncia.
“Agora eu pergunto, baseada em quê esta denúncia? São inteligentíssimos, gostam e estar em casa, ler livros, assistir coisa informativas, não de estar rua fumando maconha e andando de skate, nem soltando pepeta”, diz a mãe.
Os dois filhos do casal gravaram vídeos em que negam viver da forma que retratou o denunciante.
“Não sabia que ficar em casa é um comportamento depressivo. Eu pesquiso, converso com meus amigo, gosto de ficar em casa, a mamãe pede para eu ir para os lugares e eu não quero”, diz um deles.
“Minha criação com meus filhos não mudou nada, pelo contrário, tenho feito muito mais questão que eles estejam presentes nos lugares para evitar certas falácias. Eu não simplesmente corrijo meus filhos, eu gosto que meus filhos saibam fazer as escolhas deles. ”, contou.
Segundo Alda, antes de assumir a bissexualidade era vista como uma ótima mãe, mas o preconceito chegou a esse extremo de questionarem sua maternidader “Agora, que declaro abertamente, sou uma pessoa incapaz de criar meus filhos que já estão criados. Um tem 17 e outro 18 anos”, concluiu.
POR NANY DAMASCENO, DO CONTILNET