Dois empresários ligados ao ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins“, foram beneficiados com parcelas do auxílio emergencial.
Eles foram flagrados num heliporto pela Polícia Federal (PF), em abril deste ano, com R$ 6,9 milhões em espécie que seriam de Glaidson, hoje preso acusado de chefiar um esquema bilionário de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro.
José Augusto Mariano Fernandes e Robermann Dias Guedes receberam, respectivamente, R$ 4,2 mil e R$ 3,9 mil do benefício, criado para auxiliar famílias de baixa renda durante a pandemia do novo coronavírus. Foram nove e oito cotas mensais, de R$ 600 e de R$ 300, para cada. A informação foi confirmada pelo Metrópoles junto ao Portal da Transparência do governo federal.
O valor repassado aos empresários pode ser maior ainda, uma vez que o sistema não informa as parcelas recebidas do auxílio emergencial neste ano.
O flagrante da Polícia Federal ocorreu em 28 de abril último, no heliporto de Armação dos Búzios, no litoral do Rio de Janeiro. Os dois empresários e a fiscal de caixa Hellen Barbosa Pinto, esposa de Robermann, estavam com três malas cheias de dinheiro. Eles partiriam com o montante rumo a São Paulo (SP). A PF chegou aos empresários por meio de uma denúncia anônima, e a apreensão ajudou os investigadores a desvendar o suposto esquema criminoso chefiado por Glaidson.
Na delegacia, José Augusto e Robermann admitiram prestar serviços à GAS Consultoria e Tecnologia, empresa do Faraó dos Bitcoins. A mulher, por sua vez, disse apenas ter recebido um convite do marido para passear de helicóptero. Ela já ganhou R$ 6,8 mil do Bolsa Família, segundo o Portal da Transparência.
*Com informações do Metrópoles