O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos segue ativo em outro perfil no Instagram após ter tido suas contas bloqueadas em outubro de 2021, a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Um vídeo publicado na última quarta-feira (9) em uma conta com mais de 64 mil seguidores mostra Santos cantando uma música em que ofende o ministro. A conta em que a postagem foi feita mostrava outras publicações em que o blogueiro ataca Moraes.
No mesmo dia, Santos também fez uma publicação para defender Adrilles Jorge, comentarista demitido da TV Jovem Pan News após fazer gesto apontado como uma saudação nazista.
O post mais antigo nesse perfil é de novembro de 2021, pouco mais de um mês após ter sido determinado o bloqueio de todas as contas que Santos tinha nas redes sociais na época.
No perfil, que não leva o nome do blogueiro, são divulgadas outras contas em outras plataformas que não as envolvidas no bloqueio, todas com o nome dele. Na época em que foram suspensas as contas, além do Instagram, o blogueiro teve dois perfis no Twitter e um canal do YouTube removidos.
A nova conta no Instagram também é usada para divulgar outras redes sociais com o nome do bolsonarista e trechos de lives em que ele participa.
O g1 consultou o gabinete do ministro sobre o novo perfil, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Investigado
Allan dos Santos é investigado em dois inquéritos no STF que apuram disseminação de fake news, ameaças a autoridades e atuação de uma milícia digital que ataca as instituições.
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Moraes determinou o bloqueio de contas em redes sociais e contas bancárias de Allan dos Santos. O ministro decidiu ainda pela proibição da monetização, isto é, os repasses de dinheiro das plataformas para os canais e contas.
Na ordem judicial, Moraes também pediu a prisão preventiva e o início de um processo de extradição do blogueiro. Allan dos Santos deixou o Brasil após ser alvo de operações e teria entrado nos Estados Unidos em julho de 2021.
Além do Instagram, o blogueiro teve dois perfis no Twitter e um canal do YouTube removidos devido à ordem judicial.
O g1 entrou em contato com Allan dos Santos, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
