O homem que foi morto a facadas por Maria de Jesus Barroso Rufino, de 40 anos, no último dia 16 de fevereiro, em Rio Branco, foi enterrado sem identificação nessa quinta-feira (4). Segundo o Instituto Médico Legal (IML), foi feita pesquisa no banco de dados do Instituto de Identificação, mas nada foi encontrado sobre a vítima.
O crime ocorreu no bairro Areal, região do Segundo Distrito de Rio Branco, e foi flagrado por um sobrinho de Maria que chegava na casa dela quando viu a mulher desferindo os golpes contra a vítima. Ele informou ainda que um homem teria ajudado a tia no crime.
Ao g1, o delegado responsável pelo caso, Leonardo Ribeiro, disse que o homem que também teria participação no homicídio ainda não foi identificado, mas que as investigações continuam.
“A informação que tivemos é que seria uma pessoa de outro estado, mas ainda não conseguimos localizar. Quanto à vítima, também soubemos que seria de Rondônia, entramos em contato com o pessoal de lá, mas até agora não tivemos essa identificação mesmo”, afirmou o delegado.
O IML informou que nenhum familiar procurou o instituto até esta sexta (4) para tentar identificar a vítima e que, por isso, foi enterrada sem a identificação. Se alguém tiver informações ou for parente, pode procurar a sede do instituto com documento de identidade para fazer o exame papiloscópico.
Negou crime
Maria de Jesus foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva no dia 18 de fevereiro, após audiência de custódia, em Rio Branco.
Na delegacia, ela negou participação no crime e disse que tinha passado aquela noite em um motel da cidade consumido drogas. Maria chegou a confirmar que conhecia a vítima, mas que não sabia nem seu nome e o que tinha acontecido. O g1 não conseguiu contato com a defesa da suspeita.
Sobrinho denunciou crime
Um sobrinho de Maria procurou a polícia para denunciar que flagrou a tia matando com golpes de faca uma outra pessoa dentro de casa.
O rapaz relatou à polícia que tinha ido dormir na casa da tia porque tinha uma audiência. E, ao chegar na casa da mulher, a porta estava aberta, som alto e quando entrou, viu a tia dando um golpe de faca no peito de um homem enquanto outro segurava as mãos da vítima.
Ainda segundo da polícia, o sobrinho disse que quando a mulher viu que ele tinha presenciado o crime, ainda foi em direção a ele para tentar matá-lo, mas a faca teria apenas rasgados sua calça.
Ele, então, correu e pediu ajuda para seguir até o Centro de Rio Branco. Ao chegar no Terminal Urbano, o rapaz encontrou policiais e relatou o que tinha acontecido. Ao chegarem no endereço indicado, os militares acharam a vítima já sem vida e enrolada em um pano. Horas depois, a mulher foi presa em uma área de mata.
Relatório social
Maria de Jesus recebeu atendimento psicossocial após a prisão e, segundo relatório informativo de condições sociais e pessoais, ela relatou que tem sete filhos, sendo somente um menor de 7 anos que mora com o pai.
Ela afirmou que mantém contato com o filho de forma regular, pois mora no mesmo bairro e que mora sozinha em uma casa de madeira.
A suspeita disse ainda que não está em situação de rua, porém, é usuária de crack e passa muito tempo na rua vigiando carros para poder comprar drogas e alimento. O relatório aponta ainda que ela se considera dependente química, mas nunca teve interesse em fazer tratamento.