6 novembro 2024

OMS muda posicionamento e passa a recomendar Remdesivir contra Covid

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, nesta quinta-feira (21/4), novas orientações para o uso dos antivirais Paxlovid, da Pfizer, e Remdesivir, da farmacêutica Gilead Sciences, no tratamento inicial da Covid-19. As recomendações foram publicadas na edição atual da revista British Medical Journal (BMJ).

Remdesivir

Depois de analisar dados de cinco novos ensaios clínicos, com 2.700 pacientes da Covid-19, o grupo de especialistas internacionais que define as orientações da OMS sobre o assunto voltou atrás e passou a indicar o tratamento com Remdesivir para pacientes com quadros leves que correm maior risco de hospitalização, como idosos, imunossuprimidos e pessoas não vacinadas.

A recomendação substitui a orientação anterior que era contra o uso do medicamento, independentemente da gravidade da doença para os pacientes com Covid.

Paxlovid

O novo pacote de orientações também indica o uso do Paxlovid, da Pfizer, para pacientes com quadros leves que correm maior risco de hospitalização.

O uso do medicamento é desaconselhado para pacientes com menor risco ou com doença grave ou crítica. De acordo com os especialistas, os benefícios se mostraram insignificantes para o tratamento de pessoas sem risco prévio para a infecção. Já no caso da Covid grave, faltam dados de ensaios clínicos sobre os benefícios do Paxlovid.

A decisão dos especialistas levou em consideração dados de dois ensaios clínicos com 3.100 pacientes, nos quais foram encontradas evidências de que o tratamento, que combina comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir, reduziu as internações hospitalares. A taxa de sucesso foi de 84 internações a menos para cada grupo de mil pacientes.

Acesso aos medicamentos

O painel de especialistas observou que os medicamentos antivirais devem ser administrados o mais cedo possível e reconheceu algumas implicações de custo e recursos que podem dificultar o acesso aos medicamentos a países de baixa e média renda. O grupo destacou ainda que o acesso a esses medicamentos depende da realização de testes de diagnóstico, pois ambos precisam ser administrados na fase inicial da doença.

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