O Athletico consolidou com Felipão o espírito copeiro alcançado nos últimos anos e deu um passo ainda maior: está na final da Libertadores, algo que só tinha conseguido há 17 anos. Agora o título tão sonhado na história do clube fica novamente perto de ser concretizado.
Uma classificação que veio na base da superação diante do atual bicampeão Palmeiras, dentro do Allianz Parque. O Furacão buscou o empate por 2 a 2, após estar perdendo por 2 a 0, e avançou à grande decisão graças à vantagem obtida com a vitória por 1 a 0 no jogo de ida, na Arena da Baixada.
É mais um capítulo de um time que se acostumou com decisões e títulos desde 2018, tendo papel de protagonista no cenário nacional e sul-americano nas últimas temporadas.
Foram sete taças neste período: as duas Sul-Americanas (2018 e 2021), uma Copa do Brasil (2019), a J. League/Conmebol (2019), além de três Paranaenses (2018, 2019 e 2020). E teve ainda o vice na Supercopa do Brasil 2020, na Copa do Brasil 2021 e na Recopa Sul-Americana 2022.
Toda essa “casca” criada pelo Athletico recentemente ficou ainda mais forte ao encontrar o “copeiro” Felipão. Aos 73 anos, o treinador superou qualquer desconfiança sobre ele e mudou a cara do Furacão na atual temporada. Ele fez o então desacreditado time ficar novamente competitivo.
Contra o Palmeiras foi assim. O Athletico saiu atrás no placar logo no começo, aos dois minutos, em gol de Gustavo Scarpa, e foi dominado em quase todo o primeiro tempo. Apesar da expulsão de Murilo, antes do intervalo, Furacão levou o segundo gol aos nove minutos da etapa final, de Gustavo Gómez.
Porém, o Athletico foi resiliente, se recuperou e achou o caminho para buscar o placar. Com Pablo saindo do banco, o Furacão abriu espaço por dentro para chegar aos gols. Primeiro, Fernandinho fez passe para Vitinho na área, e Vitor Roque tocou para Pablo descontar. Depois, Pablo rolou, e Terans bateu da intermediária para deixar tudo igual.
Suspenso, Felipão vibrou das tribunas do Allianz Parque e agora vai tentar seu terceiro título de Libertadores na carreira – ganhou por Grêmio e pelo próprio Palmeiras. Já o Athletico vai buscar seu primeiro, na segunda final: perdeu em 2005 para o São Paulo.
– É um time que tem muita vontade de crescer, de fazer história no clube. O Athletico vem trabalhando bem durante muito tempo, hoje isso se reflete. Estamos na final, sabemos que vai ser difícil, mas estamos com muita vontade e força para enfrentar esse grande jogo – disse Terans.
O Athletico aguarda agora o adversário da grande final, que será disputada só no dia 29 de outubro, em Guayaquil – Flamengo e Vélez Sarsfield fazem o segundo jogo da semifinal nesta quarta-feira, no Maracanã, com larga vantagem para os cariocas, que venceram o jogo de ida na Argentina por 4 a 0.