29 março 2024

Em Rio Branco, moradores dizem que produtos químicos continuam a vazar em córrego após incêndio em loja agropecuária

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Moradores do Segundo Distrito seguem com as reclamações a respeito da poluição ocasionada por produtos químicos que estão vazando para um córrego em Rio Branco. O local fica próximo à loja agropecuária que pegou fogo em julho deste ano e teve uma extensão de pelo menos dois quilômetros. No local eram comercializados produtos químicos e venenos.

“Há mais de três meses estamos enfrentando esse problema. Temos a mistura da água da chuva com o veneno e infelizmente não sabemos em longo prazo ou curto prazo o que isso vai fazer qual o mal fará para o nosso organismo. Eu tenho uma mãe de 81 anos que ela precisa passar por aqui porque essa é a única saída e entrada do bairro. Infelizmente, estamos abandonados pelo poder público”, reclamou a moradora Luíza Araújo.

Em nota, o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) disse que enviou uma equipe técnica até o empreendimento para comprovar a situação relatada pelos moradores. O órgão disse ainda que os responsáveis foram notificados para que realizassem a limpeza, sucção e contenção do material químico que ainda possa existir no local de forma imediata. (Veja nota mais abaixo)

Geovanes Bezerra, que também é morador do local, disse que a água da chuva contaminada pelo veneno escorre para o esgoto. “Passamos de carro e quando paramos nas nossas residências o cheiro do veneno é muito forte. A situação é bem complicada.”

Nota do Imac
NOTA À IMPRENSA

Em relação à matéria veiculada na mídia (Rede Amazônica no dia 02/11/2022) sobre a denúncia da comunidade Travessa da Cigana, em frente ao Supermercado Araújo na Seis de Agosto, o IMAC esclarece que:

Fazendo um histórico sobre o incidente informamos que as providências foram tomadas na data do ocorrido, onde as equipes do Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC, da Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco – SEMEIA, Bombeiros Militar e Defesa Civil do Município realizaram vistorias tanto na parte do incêndio, como em suas imediações observando os impactos gerados.
Na época do sinistro, os órgãos envolvidos determinaram de imediato que a empresa realizasse as medidas cabíveis como: contenção e sucção dos líquidos contaminantes ainda dispostos na via pública com o intuito de evitar a contaminação de bacias hidrográficas da região, além do isolamento do perímetro para evitar o contato de pessoas e animais. Fato que pode ser comprovado pelo relatório da SEMEIA.
Hoje (03/11) pela manhã enviamos uma equipe técnica do IMAC até o empreendimento para comprovar a situação relatada pelos moradores. Notificamos os responsáveis para que realizassem a limpeza, sucção e contenção do material químico que ainda possa existir no local de forma imediata.
A notificação também determinou que o responsável pelo empreendimento deverá apresentar ao IMAC em até 30 dias a análise de solo ao redor do empreendimento e a análise de água, do Igarapé (Cigana), Capitão Ciriaco e Rio Acre para comprovação da existência ou não de contaminantes oriundos do incidente.
Nos colocamos à disposição para maiores esclarecimentos.

MP acompanha
Na época em que o incêndio ocorreu, o Ministério Público do Acre (MP-AC) informou que instaurou notícia de fato pedindo informações sobre as medidas adotadas para evitar o derramamento de materiais tóxicos em igarapés e no leito do Rio Acre.

Foram oficiados, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), o Corpo de Bombeiros do Estado do Acre e Defesa Civil do Estado, para apresentarem os relatórios detalhando as providências a respeito do dano ambiental.

 

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