9 outubro 2024

Acre tem quatro cidades entre as piores em qualidade do ar no Brasil, diz levantamento

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Foto por: Juan Diaz

Um relatório da empresa suíça IQAir, que mantém uma rede de monitoramento da poluição do ar em todo o planeta, revelou que o Acre tem quatro cidade entre as piores do país nesse quesito. De acordo com o balanço final de 2022, Acrelândia, Senador Guiomard, Rio Branco e Brasileia figuram entre os piores índices do Brasil no ranking.

O estudo, publicado em inglês, mostra que Acrelândia teve o ar mais poluído de todo o país com média de 23.3 µg/m³ de material particulado. Senador Guiomard, em terceiro, teve média de 18.7 µg/m³, a capital Rio Branco ficou em quarto, com 18.2 µg/m³. As outras cidades acreanas no ranking das mais poluídas são Brasileia, em quinto, com 17.6 µg/m³, e Feijó, em nono, com 15.7 µgm³.

O ranking também mostra que os meses com maior concentração de partículas poluentes no ar das cidades acreanas coincide com o período com menos chuvas na região, entre maio e novembro, quando ocorrem as queimadas urbanas. É possível perceber que assim que tem início o chamado Inverno Amazônico, os índices apresentam melhora.

Para o monitoramento do Acre, a rede suíça se baseia em estações de monitoramento da Universidade Federal do Acre (Ufac) e do Ministério Público. No ranking global, o Brasil ocupou a posição de número 81, e Acrelândia foi a única cidade acreana entre as mil piores, em 792º lugar.

Meses com menos chuvas são os que têm os piores índices de poluição no ar — Foto: Reprodução

Classificação

O levantamento usa a medida PM2.5, sigla que representa o material particulado. De acordo com a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis as PM2,5 são um tipo de partículas inaláveis, de diâmetro inferior a 2,5 micrometros (µm) e constituem um elemento de poluição atmosférica.

Dentro dos parâmetros do relatório, índices de 0 a 5 µg/m³ são considerados ideais, e recebem a cor azul. Nenhuma cidade acreana monitorada ficou dentro dessa faixa.

Já os índices entre 5.1 e 10 µg/m³ são considerados acima do ideal, mas ainda são aceitáveis, por causarem poucos riscos à saúde da população. Esse campo recebe a cor verde, na qual aparece Cruzeiro do Sul, com média de 11.8 µg/m³.

As médias que aparecem em amarelo e laranja são as mais preocupantes, nas quais os municípios do Acre se classificam.

Por: G1 – Acre.

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