4 outubro 2024

Contaminação por mercúrio em peixes consumidos pela população do Acre é apontada por estudo

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Uma pesquisa realizada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Greenpeace, Iepé, Instituto Socioambiental e WWF-Brasil divulgou um dado preocupante para a população do Acre, especialmente, de Rio Branco.

O estudo revela que o Acre é um dos seis estados da Amazônia onde os peixes consumidos pela população possuem contaminação por mercúrio.

Segundo o estudo, a capital acreana tem um índice de 35,9% de limite de mercúrio aceitável.

Conforme os estudos, os peixes com índices de contaminação acima do permitido estão nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

“Fizemos o cálculo médio do peso corporal de cada um desses grupos, avaliamos o consumo estimado padrão em grama por dia de pescado. Baseado nos níveis de mercúrio detectados, chegamos ao número que é uma estimativa da ingestão média diária de mercúrio. Com base nessa ingestão, comparamos esse número calculado com outra referência de ingestão”, explica o pesquisador da Fiocruz, Paulo Basta.

Riscos à saúde

Altamente tóxico, o mercúrio é usado por garimpeiros que atuam ilegalmente na Amazônia durante a exploração de ouro, principalmente em territórios indígenas, como a Terra Yanomami. O metal é utilizado para separar o ouro de outros sedimentos e, assim, deixá-lo “limpo”.

Depois desse processo, o mercúrio é despejado no ambiente e, sem qualquer cuidado, e se acumula nos rios e entra na cadeia alimentar por meio da ingestão de água e peixes.

Como consequência, o mercúrio no organismo pode causar graves problemas de saúde que afetam o sistema nervoso (potencial neurotóxico), fica retido no organismo devido à capacidade de bioacumulação, além disso, a concentração aumenta em cada nível da cadeia alimentar.

Com informações do G1.

 

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