25 outubro 2024

PF prende ex-ajudante de Bolsonaro e faz buscas na casa do ex-presidente

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo da Polícia Federal em operação que prendeu hoje o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O que aconteceu?

A prisão do coronel foi durante operação da PF que mira a inclusão de dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A corporação cumpre 16 mandados de busca e apreensão. Seis mandados de prisão preventiva já foram cumpridos.

O PM Max Guilherme Machado de Moura, Sérgio Rocha Cordeiro, o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara e o secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha também foram presos.

Os agentes da PF também estão na casa de Bolsonaro, em Brasília, para cumprimento de mandados de busca e apreensão, segundo apurou o UOL. Ele deve ser levado para prestar depoimento.

Os celulares do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram apreendidos. Eles se recusaram a informar as senhas de desbloqueio dos aparelhos.

As inserções de dados falsos sobre as vacinas teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, segundo a PF. O período contempla a gestão de Marcelo Queiroga à frente do Ministério da Saúde.

A PF suspeita que os dados dos certificados de vacinação foram adulterados para permitir a entrada nos Estados Unidos, no fim do ano passado. Bolsonaro viajou ao país em dezembro, dois dias antes da posse de Lula.

Ação da PF ocorre no inquérito das milícias digitais

Segundo a PF, a apuração indica que o objetivo das falsificações seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas”, além de “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.

Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores, disse a corporação.

A ação da PF recebeu o nome de Operação Venire, que veio da expressão “Venire contra factum proprium” (Vir contra seus próprios atos). A PF afirmou que esse um princípio base do Direito Civil e do Direito Internacional, que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.

Repercussão

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, defendeu Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais após agentes da Polícia Federal cumprirem um mandado de busca na casa do ex-presidente.

“Bolsonaro é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a Lei. Confiamos que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades.”, escreveu Valdemar.

O atual presidente, Lula (PT), não fez qualquer citação sobre a operação da PF. O petista utilizou seu perfil oficial no Twitter para desejar bom dia e uma ótima quarta-feira.

 

Via UOL

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