A prefeitura de Tóquio disparou por volta das 16h30 desta quarta-feira, 10 (4h30 de quinta, no horário local), um alerta urgente de terremoto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está na cidade em preparativos para a cúpula do G7 Financeiro.
O alerta sonoro em todos os celulares pede preparação para “fortes tremores” e a busca por abrigos nas proximidades. Às 8h30 (20h30 no horário de Brasília), Haddad tem encontro com empresários antes de seguir para Niigata, sede do G7 Financeiro, que começa às 13 horas.
Na abertura, um debate com Stiglitz sobre o futuro do Estado de bem estar social. Em seguida, um painel sobre a macroeconomia dos países emergentes, oportunidade para Haddad defender sua política econômica. Por fim, uma sessão sobre financiamento dos mais diversos setores, sobretudo de infraestrutura. À noite, haverá um jantar com a participação dos convidados para o evento.
Firme na proposta do governo Lula de turbinar a política externa brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desembarcou nesta quarta-feira no Japão para participar da cúpula do G7 Financeiro, que acontece em Niigata entre os dias 11 e 13 de maio. No encontro, o chefe da equipe econômica quer estreitar laços com seus mais importantes contrapartes estrangeiros, e apresentar o plano de voo para a economia brasileira – notadamente, o arcabouço fiscal e a reforma tributária – ao longo de suas reuniões bilaterais.
O G7 é formado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Neste ano, o Brasil participa na condição de convidado, assim como Índia, Coreia do Sul e Indonésia. Na semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao Japão para participar da cúpula presidencial, convite por ele aceito após a garantia de que terá acesso às principais discussões do encontro. O petista queria evitar assumir um papel secundário.
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Há grande expectativa para o comunicado final do G7 Financeiro. Em meio à perspectiva de enfraquecimento da atividade econômica global, reforçada após o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortar sua perspectiva de crescimento para diferentes países, o grupo deve reiterar a decisão de apoiar a Ucrânia e adotar sanções à Rússia pela invasão territorial.
O G7 mostra união o assunto é a guerra, enquanto o Brasil tenta evitar tomar um lado no conflito – embora tenha condenado na ONU a invasão territorial da Ucrânia por parte do governo de Moscou. Recentemente, Lula foi criticado por falas consideradas como pró-Rússia.
A conjuntura econômica global, com destaque para a estabilidade financeira e problema da dívida nos países pobres, é um tema que será debatido ao longo do G7 Financeiro. Outro tema é a cadeia internacional de suprimentos, afetada pela guerra e que causou abalos no processo inflacionário mundial.
Via Estadão