25 novembro 2024

Ministério Público Federal investiga possível homofobia em pregação de pastor André Valadão

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O Ministério Público Federal no Acre (MPF-AC) abriu um procedimento nesta segunda-feira (3) para investigar possíveis práticas de homofobia por parte do pastor André Valadão, após uma pregação realizada por ele durante um culto nos Estados Unidos. Durante o sermão, o pastor fez declarações controversas e ofensivas sobre a comunidade LGBTQIA+, sugerindo que “Deus mataria” essa população se pudesse.

O procurador-regional dos Direitos do Cidadão no Acre, Lucas Costa Almeida Dias, é o responsável pelo procedimento, que tem como objetivo apurar a prática de homotransfobia pelo líder religioso. O MPF-AC mencionou vídeos de matérias jornalísticas em que o pastor utiliza expressões discriminatórias, como: “Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais.” O MPF ainda cita: “Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês.”

Após a conclusão da apuração dos fatos, o MPF tomará as medidas cabíveis em relação ao caso. O portal G1 entrou em contato com a assessoria de Valadão para obter um posicionamento sobre o procedimento do MPF-AC, aguardando retorno.

O vídeo da pregação do pastor na filial da Igreja Batista da Lagoinha em Orlando (EUA) ganhou repercussão nas redes sociais, gerando indignação e críticas. No mesmo culto, o pastor também aborda o tema do casamento homoafetivo, associando-o à sexualização de crianças. A reação dos fiéis presentes foi de aplausos e risadas, conforme é possível escutar no vídeo.

Em uma publicação nas redes sociais, Valadão argumentou que estava citando um trecho bíblico do livro de Gênesis, no Antigo Testamento, referindo-se ao dilúvio e à destruição da humanidade por causa da promiscuidade sexual e libertinagem.

Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que o pastor André Valadão se envolve em polêmicas relacionadas à comunidade LGBTQIA+. Em 2020, o cantor gospel chegou a afirmar, por meio de redes sociais, que igrejas não são lugares para pessoas gays.

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