A tão aguardada chuva de meteoros Perseidas alcançará seu ápice de visibilidade no Brasil durante este fim de semana, nos dias 12 e 13 de agosto, prometendo um espetáculo celestial com a possibilidade de até 100 meteoros por hora, dependendo da clareza do céu em diferentes regiões do país. Embora o fenômeno possa ser apreciado até o dia 24, sua intensidade diminuirá.
As condições para observação deverão ser favoráveis em geral, pois a Lua estará em seu ponto mais distante da Terra (evento previsto para o dia 16), o que contribuirá para um céu noturno especialmente escuro e ideal para enquadrar esse espetáculo cósmico.
De acordo com Alex Ganshin, CEO da plataforma de meteorologia Meteum, cidades como Manaus, Cuiabá e Belém serão alguns dos melhores lugares para testemunhar a chuva de meteoros, enquanto São Paulo e Curitiba podem não oferecer a melhor visibilidade devido à presença de nuvens e chuvas.
Aqui estão as condições previstas de visibilidade para cada estado do Brasil:
Visibilidade baixa: Acre, Maceió, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo. Visibilidade padrão: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Fortaleza, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Os meteoros Perseidas são fragmentos do cometa Swift-Tuttle, que fez sua última passagem visível em 1991. Este cometa possui um núcleo de 26 quilômetros, mais do que o dobro do tamanho do corpo celeste responsável pela extinção dos dinossauros.
Segundo a NASA, o cometa retorna ao nosso céu a cada 133 anos, o que significa que só poderá ser visto novamente em 2125.
Para avistar a chuva de meteoros, recomenda-se localizar a constelação de Perseu, de onde os meteoros parecem emanar. No entanto, a constelação de Cassiopeia também pode ser um bom ponto de referência, pois se assemelha à letra ‘W’ e pode ser mais fácil de identificar. Aplicativos gratuitos para celular estão disponíveis para auxiliar na identificação das constelações – basta ativar a câmera e apontá-la para o céu.
Além disso, há outros eventos astronômicos a aguardar no segundo semestre do ano, incluindo dois eclipses, outra superlua e seis outras chuvas de meteoros. As datas desses eventos são as seguintes:
Superluas e eclipses:
- 31 de agosto: Superlua azul (visível em grande parte do país).
- 14 de outubro: Eclipse solar anular (visível em grande parte do país).
- 28-29 de outubro: Eclipse lunar parcial (visível em uma pequena parte do país).
Chuvas de meteoros:
- Taurídeas: Ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro). Pico de meteoros por hora: 5.
- Dracônicas: Ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
- Orionídeas: Ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.
- Leonídeas: Ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: de 17 a 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.
- Geminídeas: Ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.
- Úrsidas: Ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: de 22 a 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.