26 novembro 2024

Governador do Acre exonera dirigentes do Iapen após rebelião em presídio de segurança máxima

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Nesta sexta-feira (4), o governador do Acre, Gladson Cameli, publicou em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) a exoneração de Glauber Feitoza Maia, que ocupava o cargo de presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC). O diretor executivo operacional do Iapen, Marcelo Lopes da Silva, também foi demitido na mesma edição do DOE. As exonerações ocorrem nove dias após a rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que durou mais de 24 horas e teve cinco mortos.

Glauber Feitoza Maia esteve à frente do Iapen por mais de 1 ano e três meses, enquanto Marcelo Lopes da Silva ocupou o cargo por mais de seis meses. Para substituir Feitoza, o governador nomeou Alexandre Nascimento de Souza, e como diretor operacional, quem responde agora é Tiênio Rodrigues da Costa.

A Polícia Civil abriu dois inquéritos para investigar a dinâmica da rebelião dentro do presídio. Os presos renderam um detento e um policial penal, mantendo-os como reféns durante o ato que durou de quarta-feira (26) até quinta-feira (27). Dos cinco mortos, três foram decapitados.

As motivações por trás da rebelião estão sendo analisadas. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) alega que foi uma tentativa de fuga de 13 presos, que foram contidos e, por isso, mantiveram reféns para garantir negociações. No entanto, há também uma versão de que a facção criminosa responsável pela rebelião buscava invadir o pavilhão de um grupo rival para matar os integrantes e demonstrar poder na guerra por territórios.

O presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves existe há 15 anos e abriga 99 presos, segundo informações do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen-AC). Os presos são membros de grupos criminosos e estão divididos em pavilhões separados.

As investigações conduzidas pela Polícia Civil, especificamente pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) e pelo Departamento Técnico-Científico, devem esclarecer toda a dinâmica e motivação por trás da rebelião dentro da unidade.

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