17 maio 2024

No Acre, fazendeiro deixa herança para fundação de educação e caridade

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Já pensou sobre o destino dos seus pertences após a sua morte? Seja uma considerável fortuna ou objetos significativos que deseja ver bem cuidados, talvez até mesmo suas identidades digitais e presença online. Recentemente, tem havido o surgimento de figuras públicas falecidas por meio da inteligência artificial, as quais têm sido exploradas comercial e culturalmente. Entretanto, existe também a opção de impactar positivamente a vida de outros mesmo após o falecimento, por meio de doações beneficentes. Embora possa parecer um tema mórbido, é crucial considerar essa possibilidade para determinar se deseja deixar instruções claras a respeito.

Um exemplo recente desse tipo de atitude ocorreu na Vara de Registros Públicos, Órfãos e Sucessões e de Cartas Precatórias Cíveis da Comarca de Rio Branco. Trata-se do caso de um fazendeiro originário de Goiás, mas radicado no Acre, que legou sua herança à caridade. Ele formalizou um testamento registrado no 2º Tabelionato de Notas de Rio Branco, doando seus bens, direitos e participações a uma Fundação a ser estabelecida, cujo propósito será a construção de uma instituição educacional rural.

Conforme consta no documento, a instituição terá a missão de abranger todos os níveis de ensino, além de englobar atividades de pesquisa, tecnologia, agrofloresta, piscicultura, agroturismo, reflorestamento, agropecuária e outras áreas. Em caso de recursos excedentes, está prevista a possibilidade de direcionar doações a outras instituições de caridade.

Adicionalmente, o testamento estabelece que a Fundação será responsável por oferecer suporte aos irmãos e sobrinhos de 1º grau do falecido, desde que seja legalmente comprovada a incapacidade destes para proverem o próprio sustento. Contudo, para beneficiar-se desse suporte, eles deverão prestar serviços à Fundação, de acordo com suas respectivas possibilidades.

Neste momento, o caso encontra-se em andamento junto à Vara de Registros Públicos. As pessoas nomeadas como inventariantes e potenciais líderes da futura fundação estão sendo notificadas para apresentarem seus posicionamentos. Além disso, parentes vivos e o Ministério Público do Acre também estão sendo convocados para se manifestarem. Após essa fase, o processo avançará para a homologação ou não do testamento, realização do inventário e avaliação das dívidas pertencentes ao espólio. Eventuais contestações ao documento podem levar a alterações no encaminhamento do caso ou na especificação das cláusulas testamentárias.

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