22 outubro 2024

Dados revelam perda de florestas no Brasil e impacto nos biomas

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Ao longo desse período, a área ocupada por florestas naturais no Brasil diminuiu de 581,6 milhões de hectares para 494,1 milhões de hectares, uma redução de 15%. Nos últimos cinco anos, 11% da perda total de 87,6 milhões de hectares de florestas naturais ocorreu. Desse total, mais de 75 milhões de hectares estavam em propriedades privadas.

O mapeamento de florestas naturais abrange diversos tipos de cobertura arbórea, como formações florestais, savanas, florestas alagáveis, mangues e restingas, ocupando 58% do território nacional. Em 2022, os biomas com a maior proporção de florestas naturais são a Amazônia (78%) e a Caatinga (54%). Contudo, a Amazônia (13%) e o Cerrado (27%) foram os biomas que mais perderam florestas naturais entre 1985 e 2022.

A conversão de florestas naturais no Brasil, em sua grande maioria (95%), foi destinada à agropecuária, ou seja, após o desmatamento, as áreas foram convertidas para uso agropecuário, seja para pastagens ou cultivo agrícola. Nos últimos cinco anos, houve um aumento na perda de florestas, chegando a quase 10 milhões de hectares.

Considerando apenas as formações florestais, que ocupam 43% do país em 2022 (369,1 milhões de hectares), a Amazônia representa 84% desse total e 86% da supressão florestal registrada entre 1985 e 2022 nessa categoria.

É importante destacar que todas as áreas de formação florestal nos diversos biomas do Brasil, com exceção do Pampa, perderam área nos últimos 38 anos. Essa perda contínua representa uma ameaça direta para a biodiversidade, a qualidade da água, a segurança alimentar e a regulação climática, enfatiza Julia Shimbo, Coordenadora Científica do MapBiomas.

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