Uma operação foi iniciada após a DEAPD receber uma denúncia anônima que apontava que um homem de 30 anos, acometido de autismo severo, estava sendo deixado em condições inadequadas de moradia, passando vários dias seguidos sem receber cuidados básicos, como alimentação e higiene pessoal.
Depois de uma investigação, a polícia descobriu que a mãe da vítima e do suspeito havia falecido recentemente e que seu corpo permaneceu na mesma cama onde o filho autista dormia por mais de cinco dias. A morte da idosa só foi notada quando um vizinho percebeu o forte odor vindo da casa. A partir desse momento, o irmão mais novo foi submetido a condições desumanas, incluindo se alimentar das próprias fezes, de acordo com as descobertas da investigação.
Os agentes encontraram a vítima em um estado de abandono, nu, desnutrido, sem acesso a energia e água, e a casa estava em péssimas condições de higiene, com o forte odor de fezes humanas se espalhando por todo o local. Não havia roupas limpas nem lençóis. O delegado Alexandre Bruno descreveu a residência como um “cativeiro”.
A vida da vítima estava em sério risco devido à situação que ele estava vivendo. O irmão o havia abandonado ali por mais de 40 dias, e se não fosse pela ajuda dos vizinhos que providenciaram comida, ele poderia ter morrido de inanição. As investigações continuarão com o objetivo de identificar outras práticas criminosas relacionadas ao suspeito, que foi acusado de maus-tratos e está sob investigação por tortura, de acordo com Alexandre Bruno, delegado da Polícia Civil de Goiânia.
Com informações do UOL