Nesta segunda-feira, 23 de outubro, detentos no presídio Evaristo de Moraes, situado em Sena Madureira, se juntaram a uma onda de greves de fome que atingiu diversos presídios no estado do Acre. A greve de fome é uma manifestação dos detentos em busca de melhores condições de vida atrás das grades, incluindo a ampliação das visitas familiares e a permissão para ter televisões nas celas.
A mobilização, que tem sido notícia nas últimas horas, busca chamar a atenção para as condições precárias em que os detentos vivem, particularmente no presídio de Sena Madureira. As demandas incluem a melhoria da alimentação, a possibilidade de acesso a ventiladores nas celas e a garantia de água de qualidade para consumo, especialmente em meio ao calor intenso que a região enfrenta.
As greves de fome tiveram início em Rio Branco, a capital do Acre, e se espalharam para o interior do estado. Além de Sena Madureira, outros presídios, como o Manoel Nery, em Cruzeiro do Sul, também estão participando desses protestos.
A questão da ampliação do tempo de visitas de familiares é uma das principais reivindicações dos detentos. Eles argumentam que um maior contato com seus entes queridos pode contribuir para a ressocialização e melhorar seu estado emocional durante o período de encarceramento.
Outro ponto central das demandas é a permissão para ter televisões nas celas. Os detentos alegam que isso ajudaria a passar o tempo, proporcionando entretenimento e educação, o que poderia reduzir conflitos dentro do presídio.
O Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) está ciente da situação e está monitorando o desenvolvimento das greves de fome. No entanto, o órgão também esclareceu que nem todos os detentos das unidades prisionais estão participando dos protestos. O Iapen enfatiza a importância de manter a ordem e a segurança nos presídios.
A preocupação com as condições das prisões, especialmente em meio a questões como o calor excessivo, a qualidade da água e a falta de entretenimento para os detentos, é um desafio que as autoridades precisam enfrentar. A situação em Sena Madureira ressalta a necessidade de um diálogo construtivo entre as autoridades carcerárias, os detentos e suas famílias para encontrar soluções que possam melhorar as condições de vida nas prisões e promover uma ressocialização mais eficaz.
