A 15ª edição do Ranking do Saneamento do Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, revela a situação preocupante do saneamento em todo o país, com foco nos 100 maiores municípios. Apesar de um pequeno avanço, Rio Branco ocupa a 94ª posição, destacando desafios persistentes na prestação de serviços básicos.
De acordo com o levantamento, pouco mais de 60% da população da capital acreana tem acesso ao fornecimento de água. No que diz respeito ao sistema de esgoto, os números são ainda mais preocupantes, com apenas 22,67% dos moradores de Rio Branco atendidos integralmente e menos de 20% (19,88%) do esgoto recebendo tratamento adequado.
Embora os resultados sejam insatisfatórios, é notável que Rio Branco subiu três posições em relação ao ano anterior, indicando esforços para melhorar a situação. A Região Norte, com pouco mais de 17 milhões de habitantes, apresenta os piores índices de tratamento de água e esgoto no Brasil. Macapá, capital do Amapá, lidera negativamente, com 61,6% da população sem acesso à água e apenas 10,98% com esgoto totalmente atendido.
Rio Branco, mesmo enfrentando desafios, supera outras cidades como Belém (PA), São Gonçalo (RJ), Santarém (PA), Porto Velho (RO) e Marabá (PA) no ranking nacional.
Outro dado alarmante revelado pelo Instituto Trata Brasil aponta que o Brasil investiu apenas R$ 20 bilhões nos últimos cinco anos em saneamento, enquanto a média anual recomendada para o setor é de R$ 44,8 bilhões. Este cenário destaca a necessidade urgente de investimentos e aprimoramento nas políticas públicas relacionadas ao saneamento básico em todo o país.