25 novembro 2024

Desafios na exportação: Acre perde quase 10 milhões de dólares em 2023 devido à queda nas exportações de madeira

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O comércio exterior do Acre enfrenta um cenário desafiador em 2023, com uma substancial queda de quase 10 milhões de dólares nas exportações, revelam dados do Ministério do Indústria, Comércio Exterior de Serviços. A exportação de madeira, em particular, experimentou uma contração significativa, passando de 16,3 bilhões de dólares de janeiro a outubro de 2022 para 4,7 bilhões no mesmo período de 2023, representando uma queda superior a 71%. Questões ambientais são apontadas como fator preponderante para essa redução nas exportações do produto florestal acreano.

No mês de outubro de 2023, as exportações acreanas totalizaram 1,81 milhão de dólares, com a carne suína assumindo a liderança, representando 36,3% do total, seguida pela madeira (22,1%), castanha (19,2%), e bovinos (10,8%). Comparado a outubro de 2022, as exportações diminuíram significativamente, registrando uma queda de 37,8%.

A soja emerge como o carro-chefe das exportações ao longo do ano, totalizando mais de 18,6 milhões de dólares, equivalendo a 45,5% do total exportado de janeiro a outubro de 2023. Outros produtos relevantes incluem a castanha, com mais de 5,3 milhões (12,8%), a madeira com mais de 4,7 milhões, e a carne suína com mais de 4,0 milhões. No entanto, as exportações totais em 2023 apresentaram uma queda de 21% em comparação ao mesmo período de 2022, reduzindo de US$ 52,1 milhões para US$ 41,1 milhões.

 

Os melhores meses de 2023 foram junho, julho e agosto, marcados pelo auge das exportações de soja. O gráfico das variações mensais entre 2022 e 2023 destaca um desempenho superior apenas nesses meses, enquanto os demais ficaram abaixo dos registros do ano anterior.

O setor de carne suína, impulsionado pela abertura das exportações para o Peru, viu um aumento significativo de 193%, passando de US$ 1,4 milhões para US$ 4,1 milhões no período de janeiro a outubro de 2022/2023. Em contrapartida, a castanha teve uma redução de 44,8%, caindo de US$ 9,6 milhões para US$ 5,3 milhões, e as exportações de carne bovina diminuíram 27%, saindo de US$ 4,8 milhões para US$ 3,5 milhões.

A recuperação das exportações de madeira é aguardada, sendo vital para a economia acreana, gerando empregos e contribuindo para a cadeia produtiva. O entendimento entre os órgãos ambientais e os agentes da produção madeireira é considerado essencial para restabelecer os níveis normais das exportações e promover o desenvolvimento econômico sustentável no estado.

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