25 novembro 2024

Pesquisa avalia emissão de óxido nitroso na Amazônia e no pantanal: impactos no efeito estufa e mudanças climáticas

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Com experimentos em campo e laboratório, cientistas do Instituto de Química da Universidade Federal Fluminense (UFF) investigam a variação das emissões de óxido nitroso (N2O) na Amazônia e no Pantanal. Essa substância, proveniente principalmente do solo de áreas alagadas, contribui para o efeito estufa e a destruição da camada de ozônio.

De acordo com o último relatório da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança Climática, a temperatura global pode aumentar até 2,6ºC até o final do século. Na Amazônia, a redução da chuva durante a estiagem e o avanço do desmatamento podem intensificar a seca em algumas áreas, enquanto em outras, o aumento das chuvas pode causar alagamentos.

O estudo explora como a produção de N2O varia em diferentes cenários amazônicos, considerando a presença de água e árvores. A pesquisa inclui dois estudos de campo, na Amazônia e no Pantanal, avaliando os efeitos das mudanças no nível da água, e dois experimentos em laboratório, focados na Amazônia, para entender o impacto de eventos extremos de seca ou alagamento.

Gabriela Cugler, doutoranda da UFF, destaca a falta de informações sobre as emissões naturais de N2O pelas florestas. O orientador da pesquisa, Alex Enrich Prast, ressalta que as atividades humanas, como agricultura e uso de fertilizantes, aumentam as emissões do gás, impactando o equilíbrio natural. “É importante monitorar as emissões naturais”, afirma.

O óxido nitroso é 310 vezes mais potente na retenção de calor do que o CO2 e permanece por mais tempo na atmosfera, intensificando os efeitos das mudanças climáticas.

via Agência Brasil.

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