O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, disse que os atos golpistas de 8 de janeiro revelaram um “Brasil que não se parece com o Brasil” e que a destruição foi provocada por “Quixotes do mal” e “aprendizes de terroristas”.
O presidente da Suprema Corte criticou o vandalismo. A declaração foi feita durante a abertura de uma exposição em alusão aos atos de 8 de janeiro do ano passado, que culminaram na destruição do edifício sede da Corte.
Estamos aqui para manter viva a memória do episódio que remete ao país que não queremos. O país da intolerância, do desrespeito ao resultado eleitoral, da violência destrutiva contra as instituições. Um Brasil que não parece com o Brasil.
Roberto Barroso, presidente do STF
Segundo o ministro, a destruição foi causada por pessoas aparentemente comuns, mas insufladas por falsidades e sentimentos antidemocráticos. “Aprendizes de terroristas”, classificou.
“Vivem de inventar inimigos. Quixotes do mal. Falsos patriotas que não respeitam os símbolos da pátria. Falsos religiosos que não cultivam o bem, a paz e o amor. Desmoralizaram Deus e a bandeira nacional.”
Roberto Barroso, presidente do STF
Barroso mencionou ainda que o STF atuará para garantir a punição aos envolvidos. “Tratar com condescendência o que aconteceu é dar um incentivo para que os derrotados da próxima eleição, sejam quem forem, também se sintam no direito de depredar os prédios das instituições públicas. Estamos aqui para evitar que isso aconteça de novo”, disse.
Em evento com autoridades, Barroso fez discurso semelhante e disse que não há “monopólio” do patriotismo. O presidente do STF acrescentou ainda que o Brasil precisa de um “choque de civilidade” e de “denominadores comuns” entre distintas ideologias.
Precisamos de um choque de civilidade no país. Que todos os brasileiros, liberais, progressistas e conservadores, possam se unir em torno dos denominadores comuns que estão na Constituição. […] Ninguém tem o monopólio do patriotismo ou do amor ao Brasil.
Luís Roberto Barroso, durante discurso no evento “Democracia Inabalada”
Via UOL