26 novembro 2024

Aumento de 5% nos novos casos de hanseníase no Brasil em janeiro

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Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil registrou um aumento de 5% nos casos de hanseníase, totalizando 19.219 novas ocorrências, conforme dados preliminares divulgados pelo Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase, do Ministério da Saúde. Esses números já superam as notificações do mesmo período em 2022.

O estado de Mato Grosso lidera as unidades federativas com as maiores taxas de detecção da doença. Até o final de novembro, foram registrados 3.927 novos casos, um aumento de 76% em comparação com o mesmo período de 2022. O Maranhão segue em segundo lugar, com 2.028 notificações, representando uma queda de quase 8% em relação ao ano anterior.

A Secretaria de Saúde de Mato Grosso atribui o aumento gradual nos diagnósticos nos últimos anos a uma “política ativa de detecção”, incluindo a capacitação de profissionais de saúde. Outros estados também continuam a fornecer dados ao cadastro nacional, indicando que o aumento de 5% pode se ampliar ainda mais.

O boletim epidemiológico de janeiro de 2023 da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde reconhece os desafios adicionais impostos pela pandemia de COVID-19, que impactaram negativamente os diagnósticos e tratamentos da hanseníase. Faustino Pinto, coordenador Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), destaca a subnotificação persistente e a importância de campanhas nacionais de esclarecimento para incentivar a busca por serviços de saúde.

Janeiro Roxo

O diagnóstico precoce da hanseníase é crucial, pois a doença, apesar de curável, pode causar danos irreversíveis se não for tratada adequadamente. Janeiro é dedicado à campanha “Janeiro Roxo”, uma iniciativa para disseminar informações sobre os sinais, sintomas, tratamento e prevenção da hanseníase. Estados como o Pará já anunciaram iniciativas de capacitação e campanhas locais para combater a doença ao longo de 2024.

É essencial intensificar os esforços para aumentar a conscientização, promover a busca ativa por casos e garantir tratamento adequado, visando não apenas à cura individual, mas também à interrupção da transmissão da doença e à redução das sequelas neurológicas associadas à hanseníase.

Via Agência Brasil.

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