24 novembro 2024

Estudo alarmante revela ameaça de extinção para 82% das espécies de árvores na mata atlântica

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Um recente estudo conduzido por pesquisadores brasileiros e publicado na revista científica Science revela uma preocupante situação para as árvores da Mata Atlântica. Das cerca de 4.950 espécies arbóreas presentes no bioma, metade são endêmicas, exclusivas da região, e destas, surpreendentes 82% enfrentam algum grau de ameaça de extinção.

Coordenado pelo professor de ecologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Renato Lima, da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba, o estudo destaca que o desmatamento é um dos principais fatores contribuintes para a perda significativa de populações arbóreas. A análise incluiu espécies como o Pau-Brasil, classificado como “criticamente em perigo” devido à perda de 84% da população selvagem.

Outras espécies emblemáticas, como a Araucária, Palmito-juçara e a Erva-mate, também enfrentam sérios riscos, com declínios superiores a 50%, classificando-as como “em perigo”. Alarmantemente, 13 espécies endêmicas, encontradas exclusivamente na Mata Atlântica, foram classificadas como possivelmente extintas, enquanto cinco espécies, anteriormente consideradas extintas, foram redescobertas.

O estudo categorizou as espécies com base em critérios como a diminuição do tamanho das populações ao longo das últimas três gerações. Resultados indicam que 65% de todas as espécies, incluindo aquelas que também ocorrem em outros biomas, estão ameaçadas de alguma forma.

Para combater essa crise, o pesquisador destaca a importância de preservar áreas críticas, muitas das quais estão em propriedades privadas. A conservação dos fragmentos remanescentes e a implementação de planos de ação para preservar os genes das espécies mais ameaçadas são fundamentais. A restauração florestal também é mencionada como uma medida a longo prazo para repor as populações perdidas.

Diante desses resultados preocupantes, a comunidade científica enfatiza a necessidade urgente de ações mais robustas e eficazes para reverter o cenário atual e proteger a rica biodiversidade da Mata Atlântica.

Via G1.

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