Justiça

Ex-vereador acusado de matar homem na Bolívia por causa de furto de gado deve ir a júri popular no Acre

A 1ª Vara do Tribunal do Júri pronunciou o ex-vereador Mauristelio Tessinari de Sousa, conhecido como Teio Tessinari, a júri popular pela morte de Antônio Deuzimar Santiago da Silva, de 49 anos, em junho de 2022 na Vila Maparro, na Bolívia, país que faz fronteira com o Acre.

A decisão é do juiz de direito Danniel Gustavo Bomfim e cabe recurso. Teio Tessinari foi preso em setembro do ano passado ao chegar na 1ª Vara do Tribunal do Júri para participar da audiência de instrução e julgamento.

A decisão é do juiz de direito Danniel Gustavo Bomfim e cabe recurso. Teio Tessinari foi preso em setembro do ano passado ao chegar na 1ª Vara do Tribunal do Júri para participar da audiência de instrução e julgamento.

Na época, o advogado do acusado, Sanderson Moura, alegou que o cliente se apresentou espontaneamente e que é réu confesso, alegando legítima defesa.

Antônio Deuzimar Santiago da Silva, de 49 anos, foi morto a tiros em junho de 2022 — Foto: Arquivo

Morte por causa de furto de gado

O crime ocorreu em um ramal que fica na Vila Maparro, na Bolívia, país que faz fronteira com o estado do Acre. Antônio Deuzimar da Silva era morador de Capixaba, assim como o ex-vereador, e foi assassinado com quatro tiros.

Em depoimento na delegacia dois dias após o crime, o então vereador disse que agiu em legítima defesa após luta corporal com a vítima.

Na época, a polícia informou que Teio desconfiava que Antônio Deuzimar estaria furtando gado de suas propriedades. A discussão teria começado exatamente por conta disso, quando o acusado foi tirar satisfação com a vítima. Conforme o delegado responsável pela investigação, Aldízio Neto, o vereador já tinha feito um boletim de ocorrência alegando que a vítima teria furtado o gado dele.

Conforme denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), a vítima estava de passagem pelo ramal durante deslocamento a uma propriedade rural boliviana onde mantinha arredamento de gado e pasto, quando desembarcou do seu veículo para abrir uma porteira e foi surpreendido pelo acusado.

Ainda segundo o MP-AC, o ex-vereador também trabalhava com arrendamento de gado e pasto, mas estava furtando a parte que era devida ao proprietário dos animais e, para não pagar a dívida, apontou a vítima como autor dos furtos. Por isso, teria matado a vítima para assegurar impunidade no crime de furto de gado.

Aguiar foi denunciado pelo crime de homicídio, qualificado por emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e no intuito de assegurar impunidade em outro crime. A denúncia contra ele foi aceita pela Justiça em dezembro de 2022.

Por G1 AC
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