O reajuste do salário mínimo para R$1.412, oficializado pelo presidente Lula no final de dezembro do ano passado, resultará em um impacto financeiro significativo nos cofres públicos das Prefeituras do Acre, totalizando R$17.155.551,00, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
De acordo com a CNM, o impacto afetará as 22 prefeituras acreanas, que empregam cerca de 9.055 servidores com remuneração de até 1,5 salário mínimo. Mesmo sendo um montante expressivo, o Acre é um dos estados menos impactados pelo reajuste do salário mínimo em todo o país, apresentando a menor concentração de servidores recebendo menos de 1,5 salário.
A maior preocupação, conforme apontada pela CNM, recai sobre os municípios menores, pois muitos deles possuem funcionários com remunerações próximas ao valor do salário mínimo. Isso implica em um aumento nos gastos com pessoal decorrente do reajuste, sendo as prefeituras municipais as principais responsáveis pela empregabilidade de mais de 6 milhões de pessoas, sendo que 2,3 milhões recebem até um salário mínimo e meio.
A CNM destaca que o impacto financeiro nas prefeituras é especialmente relevante considerando o contexto de municípios menores, onde o orçamento muitas vezes é mais limitado. O reajuste, apesar de benéfico para os trabalhadores, representa um desafio adicional para a gestão municipal, que precisa equilibrar as contas diante das demandas crescentes.