O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal (PF) em Brasília nesta quinta-feira (8), sob acusação de porte ilegal de arma. A prisão ocorreu no contexto da Operação Tempus Veritatis, que visa desmantelar uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência, após a derrota nas eleições de 2022.
Costa Neto estava entre os alvos de busca e apreensão da operação, que incluiu também a sede do PL, localizada no Brasil 21, mesmo prédio onde reside o presidente do partido.
Além de Costa Neto, diversos outros nomes proeminentes foram alvo da operação, incluindo ex-ministros do governo Bolsonaro e figuras ligadas ao círculo mais próximo do ex-presidente.
As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e incluíram 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, distribuídas em vários estados brasileiros.
Entre os alvos confirmados da operação, com informações obtidas por fontes da PF, estão:
Mandados de Busca e Medidas Cautelares:
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
- General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército;
- Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
- General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
- Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro;
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército;
- Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas;
- Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
- Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército;
- Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário;
- Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército;
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército.
Mandados de Prisão:
- Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
- Marcelo Câmara, coronel do Exército;
- Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército;
- Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
A operação Tempus Veritatis teve como base a colaboração premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, cujas informações foram consideradas cruciais para as investigações da PF.