Um estudo recente liderado por pesquisadores brasileiros e publicado na revista científica “Nature” levantou alarmantes descobertas sobre o futuro da Amazônia. Segundo a pesquisa, quase metade da floresta amazônica pode estar sujeita a fatores de degradação que poderiam levar a região a um ponto de não retorno até 2025.
O ponto de não retorno é descrito como um estágio crítico no qual ocorre uma transformação irreversível, resultando em danos significativos ao ecossistema. Para a Amazônia, isso significaria um rápido declínio da floresta, com mudanças drásticas no bioma e extensas áreas entrando em colapso.
O estudo analisou os principais fatores de estresse enfrentados pela Amazônia e como esses fatores interagem entre si. Estima-se que entre 10% e 47% da floresta amazônica esteja exposta a ameaças graves até 2050, o que pode resultar em transições significativas no ecossistema.
Os fatores de impacto considerados incluem aquecimento global, padrões de precipitação anual, intensidade da sazonalidade de chuvas, duração da estação seca e desmatamento. A pesquisa destaca que a ação humana é fundamental para entender todo o estresse enfrentado pela Amazônia, especialmente em relação ao aumento da temperatura média durante a estação seca, o que pode ter efeitos prejudiciais ao bioma.
Ao atingir o ponto de não retorno, a Amazônia passaria por mudanças significativas, com implicações para a biodiversidade e a disponibilidade de recursos. O estudo projeta três possíveis cenários de transformação do ecossistema: floresta degradada, savana de areia branca e áreas não-florestais degradadas.
Além das consequências ambientais, os pesquisadores destacam os impactos sociais que essas mudanças teriam nas populações locais, que dependem da floresta para subsistência. Também ressaltam a importância de ações urgentes para evitar uma transformação irreversível da Amazônia, incluindo medidas locais para reduzir o desmatamento e promover a restauração florestal, bem como ações globais para mitigar as emissões de gases do efeito estufa.
Diante da gravidade da situação e das incertezas sobre o tempo necessário para chegar a um ponto de não retorno, os pesquisadores enfatizam a necessidade de precaução e a importância de evitar ao máximo a aproximação de limites críticos.
Vi ac24horas.