O Fundo Brasil de Direitos Humanos está destinando R$ 1,25 milhão para 25 organizações que atuam no combate ao racismo em todo o país. As inscrições para concorrer a esse financiamento podem ser feitas até o dia 25 de março, às 18h. Os resultados serão divulgados a partir do dia 21 de maio.
Desde sua criação em 2007, o Fundo Brasil considera o tema do racismo como prioritário. Logo no primeiro edital de apoio a projetos, lançado naquele ano, a fundação apoiou quatro iniciativas desenvolvidas por organizações fundadas e lideradas por pessoas negras.
O edital “Enfrentando o Racismo a Partir da Base”, criado em 2018, tem como objetivo fortalecer organizações que combatem o racismo em suas diversas formas e propõem caminhos para um país com mais justiça racial.
“A mobilização da população negra tem sido fundamental para a democracia brasileira, e os dados e a realidade mostram isso de forma incontestável”, destacou Allyne Andrade, superintendente adjunta do Fundo Brasil.
Nos últimos cinco anos, mais de R$ 2,6 milhões foram doados para 50 coletivos e grupos sem fins lucrativos, de todas as regiões e estados brasileiros, que trabalham diretamente em seus territórios e comunidades para promover a justiça racial e combater as diversas formas de racismo. Os vencedores foram selecionados por meio de três editais “Enfrentando o Racismo a Partir da Base”.
Os projetos selecionados têm impactos significativos nas comunidades em que atuam. Por exemplo, o Coletivo Cirandas, no Rio Grande do Norte, oferece assessoria jurídica para comunidades tradicionais, incluindo proteção territorial. O Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu, lançado em Salvador (BA), tem o objetivo de promover os direitos das mulheres negras e combater o racismo religioso. Já o Quilombo dos Teixeiras, no Rio Grande do Sul, organizou a primeira exposição de um acervo quilombola no Arquivo Histórico do Estado, em Porto Alegre.
Neste quarto edital, serão apoiados projetos voltados à promoção dos direitos de mulheres negras, pessoas negras LGBTQIA+, lideranças e comunidades quilombolas, casas e comunidades de matriz africana, além de organizações que atuam no debate sobre racismo em meios digitais.
Desde sua criação, o Fundo Brasil já apoiou mais de 1.300 projetos, totalizando mais de R$ 50 milhões doados.
Via Agência Brasil.