12 outubro 2024

Pesquisadores partem em expedição para estudar peixes-elétricos na Amazônia

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Nesta terça-feira (20), um grupo de pesquisadores iniciou uma expedição nas águas do Rio Negro, na região amazônica, com o objetivo de buscar espécies pertencentes à ordem dos Gymnotiformes, popularmente conhecidos como peixes-elétricos. Além de identificar potenciais novas espécies, os pesquisadores buscam contribuir para a conscientização e preservação da biodiversidade local.

A expedição faz parte do projeto Diversidade e Evolução de Gymnotiformes, coordenado pelo professor Naercio Menezes, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP). Desde 2017, o projeto tem como foco o estudo desses peixes elétricos, resultando, inclusive, na descoberta e descrição de duas novas espécies de poraquê em 2019.

De acordo com Menezes, a expedição visa coletar exemplares para estudos moleculares, que permitem uma análise mais precisa da diversidade genética das espécies. Além disso, os pesquisadores utilizarão técnicas de arrasto no fundo do rio, aproveitando as condições favoráveis da época, para buscar novas espécies ou contribuir com estudos em andamento.

Um dos destaques do projeto foi a descoberta de que os poraquês, uma das espécies de peixe-elétrico, praticam a predação social, capturando presas em grupo por meio de choques elétricos coordenados.

O professor ressalta ainda a importância do trabalho em meio às ameaças enfrentadas pela biodiversidade amazônica, como a construção de usinas hidrelétricas, queimadas, mineração e desmatamento. Ele destaca que a expedição é uma oportunidade para mostrar a diversidade e alertar sobre os riscos de extinção das espécies devido à degradação ambiental.

A expedição, que conta com cerca de 20 pessoas entre tripulação e pesquisadores, tem previsão de durar até 2 de março, percorrendo o trecho entre Manaus e Santa Isabel do Rio Negro. A expectativa é alta, e os pesquisadores esperam contribuir significativamente para o conhecimento e preservação dos peixes-elétricos na região amazônica.

Via Agência Brasil.

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