A Viradouro é a grande campeã do Carnaval 2024 do Rio de Janeiro. A escola de Niterói levou para a Marquês de Sapucaí um enredo baseado nas crenças voduns de povos africanos e na força das mulheres que formavam a poderosa irmandade de guerreiras.
“Preciso atribuir essa vitória à minha equipe incansável nesse trabalho e ao meu pai que sempre foi meu fã e está passando por um câncer. Dedico essa vitória a ele”, disse o carnavalesco Tarcísio Zanon.
A comissão de frente chamou a atenção com uma enorme serpente, que surgia entre o balé e deslizava pelo chão da Sapucaí. O terceiro carro da agremiação, representando a proteção mística e lealdade, foi todo feito com ferro-velho do barracão.
A bateria do Mestre Ciça, que representou a Revolta dos Malês, incluiu o toque em atabaques em suas batidas. Erika Januza desfilou à frente dos ritmistas pelo terceiro ano consecutivo.
A escola iniciou seu desfile ainda na madrugada de terça-feira (13), usando alegorias que brilhavam no escuro. A outra metade da apresentação foi realizada já com o dia amanhecendo. A Viradouro encerrou as apresentações do Grupo Especial do Rio de Janeiro.
O terceiro título da Viradouro no Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro foi o segundo de Tarcísio Zanon. O primeiro título da escola foi em 1997: Trevas! Luz! A explosão do Universo (o Big Bang funk de Joãosinho Trinta e Mestre Ciça).
O segundo, por sua vez, foi por conta do enredo “Viradouro de alma lavada”, que falou sobre o grupo das Ganhadeiras de Itaupã, quinta geração de mulheres que lavavam roupa na Lagoa do Abaeté e faziam outros serviços em Salvador em busca da compra de sua alforria, assinado pelos carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon.
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