Nesta ultima quarta-feira (13), o Ministério da Saúde anunciou um investimento adicional de mais de R$ 30 milhões por ano para ampliar o Programa Nacional da Triagem Neonatal (PNTN), popularmente conhecido como teste do pezinho. O objetivo principal é garantir o acesso ao diagnóstico precoce e, consequentemente, à assistência adequada e de qualidade para os recém-nascidos.
Segundo a pasta, o teste do pezinho é fundamental para prevenir mortes e deficiências, proporcionando melhor qualidade de vida para pacientes diagnosticados com condições como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita.
Atualmente, o Brasil enfrenta o desafio das doenças raras, com mais de 5 mil tipos identificados, associados a diversos fatores. Para enfrentar esse cenário, a rede pública já conta com 31 serviços de referência e mais de 60 protocolos clínicos para condições específicas.
Com o investimento anunciado, está prevista a expansão da rede com mais 29 serviços de referência em triagem neonatal, distribuídos em todo o país, inclusive no Distrito Federal. Isso será feito por meio de unidades de saúde públicas, filantrópicas, universitárias e privadas. Além disso, 28 laboratórios serão habilitados para realizar a triagem neonatal.
O investimento também abrangerá a logística, com a colaboração dos Correios, a atualização dos valores de procedimentos relacionados ao teste do pezinho, a implementação da tecnologia de espectrometria de massas e a formação das câmaras técnicas assessoras em doenças raras e triagem neonatal.
Para garantir a eficácia do programa, serão estabelecidos critérios como monitoramento dos indicadores do teste do pezinho, matriciamento da rede de coleta, capacitação dos profissionais de saúde em relação às doenças raras, atenção aos pacientes diagnosticados e aos casos complexos, além da operacionalização da triagem.
Essa expansão do programa do teste do pezinho visa fortalecer o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado dos recém-nascidos, contribuindo para uma saúde mais acessível e eficiente em todo o país.