8 outubro 2024

Sucuri gigante exibida em documentários é morta a tiros em Bonito (MS)

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Uma sucuri fêmea com cerca de 6 metros de comprimento foi morta a tiros em Bonito, no Mato Grosso do Sul. A cobra, conhecida na região como Rainha do Formoso foi encontrada boiando no rio Formoso.

A morte do animal, chamado de vovozona por alguns guias turísticos da região de Bonito, causou comoção e revolta nas redes sociais. A serpente foi retratada em documentários e ficou famosa por meio de uma postagem recente sobre uma nova espécie de sucuri descoberta na Amazônia, mas filmada em Bonito (MS).

O documentarista e fotógrafo Cristian Dimitrius, que já fotografou a serpente diversas vezes, demonstrou sua revolta nas redes sociais ao saber da morte do animal. Ele acompanhava seu comportamento havia dez anos, quando a batizou de Ana Julia durante uma gravação.

“Sinto que perdi uma amiga, um membro da família, um ser especial na qual passei muitos momentos especiais juntos. Só digo que isso não vai ficar assim, vamos investigar e ir atrás dessa pessoa. Ela terá que prestar contas à justiça!”, disse Cristian Dimitrius, em publicação via Instagram.

Segundo Dimitrius, o animal media 6,5 metros de comprimento. O biólogo Henrique Abrahão Charles, especialista em serpentes, afirmou que a sucuri morta tinha cerca de 5,5 metros e, provavelmente, era o maior exemplar vivo da espécie em todo o mundo.

O documentarista, que filma sucuris na região de Bonito há quase 20 anos, explicou que nos últimos anos os encontros com a espécie se intensificaram a ponto de reconhecê-las e até dar nome a algumas fêmeas, como foi o caso de Ana Julia.

O fotógrafo comentou que chegou a entender um pouco o seu padrão de comportamento e filmou a cobra acasalando duas vezes. “Ano passado fiz belas dessa linda sucuri para dois documentários que ainda vão sair”, disse.

Reconhecimento do animal

Segundo o documentarista Cristian Dimitrius, a localização onde foi encontrado o corpo do animal foi importante para reconhecer Ana Julia, uma vez que era o seguimento do rio Formoso onde ela habitava. “E essas grandes serpentes costumam estar sempre na mesma área”, afirmou.

Além disso, as marcas da sucuri funcionam como impressões digitais, de acordo com Dimitrius. “Comparei as imagens que tinha, consultei a bióloga que também a acompanhava havia oito anos e infelizmente confirmamos ser a Ana Julia”, contou o fotógrafo.

POR CNN

Veja Mais