O Brasil está registrando uma indicação de queda no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente influenciada por reduções de casos no Centro-Sul do país, além da interrupção ou desaceleração do crescimento em alguns estados das regiões Norte e Nordeste. Essas informações foram divulgadas pelo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na última quinta-feira (4).
Segundo o levantamento, a incidência de SRAG por Covid-19 tem um impacto mais marcante em crianças até dois anos de idade e na população com 65 anos ou mais. Quanto à mortalidade, a taxa permanece mais elevada entre os idosos, com predominância de casos relacionados à Covid-19.
O coordenador do Boletim InfoGripe, Marcelo Gomes, ressaltou a importância da recente aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da vacina da Pfizer em gestantes para proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que tem apresentado aumento na circulação e causado mais casos de SRAG em crianças do que a própria Covid-19 nessa faixa etária.
No contexto regional, 13 unidades da federação apresentaram crescimento de SRAG a longo prazo, incluindo Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina.
Quanto aos casos de SRAG por Covid-19, há um indicativo de redução nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Porém, outros vírus como influenza A (gripe) e VSR estão em alta em alguns estados do Nordeste, Sudeste e Sul, enquanto os casos positivos para rinovírus estão iniciando uma redução na maioria dos estados brasileiros.
Em relação às capitais, 16 delas apresentam indícios de aumento nos casos de SRAG, incluindo Brasília, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Salvador e Vitória.
Via Brasil61.