26 novembro 2024

Vínculo entre fugitivo e avó de 86 anos no Acre foi crucial para recaptura de acreanos pela PF

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Uma rede criminosa montada pelo Comando Vermelho com o intuito de dar suporte aos fugitivos de Mossoró forneceu chips e celulares a Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, numa tentativa de dificultar o rastreamento feito pela Inteligência da Polícia Federal.

Apesar da sofisticada operação, a polícia conseguiu identificar esses contatos e estabelecer o perímetro em que os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, poderiam estar. Mesmo enfrentando adversidades, como a instabilidade das torres telefônicas na região do Agreste do RN, os policiais conseguiram encontrar a localização deles. No momento em que foram abordados pelas polícias Federal e Rodoviária Federal (PRF), em Marabá (PA), a dupla portava oito celulares.

A forte relação familiar entre o fugitivo da Penitenciária Federal de Mossoró, Rogério Mendonça da Silva, e sua avó Tereza Padilha Silva, 86 anos, ajudou investigadores a identificar o perímetro onde os criminosos poderiam estar.

Segundo informações obtidas pela  coluna Na Mira, dos jornalistas Mirelle Pinheiro e Carlos Carone, do jornal Metrópoles, Rogério usava diversos celulares para entrar em contato com parentes e saber sobre o estado de saúde da idosa.

Ele foi criado pela avó a partir dos 6 anos de idade – ela mora na região de Ramal de Cassarian, no Acre. Rogério ficou aos cuidados de Tereza porque sua mãe, que reside no Rio de Janeiro, precisou cuidar de outro filho com deficiência. Quando soube que o neto havia escapado do complexo de segurança máxima em 14 de fevereiro, Tereza Silva gravou diversos apelos às autoridades para que seu neto fosse localizado com vida e também pediu que Rogério se entregasse. À época, alegou que ele não havia lhe procurado e que a falta de notícias era um “tormento”.

A localização dos dois fugitivos ocorreu na cidade de Marabá, no interior do Pará, após investigação da PF no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). A ação foi realizada na BR-222, com o apoio da PRF.

A partir das ações de inteligência como estratégia de recaptura, as diligências da PF indicaram que a dupla havia conseguido chegar até a Região Metropolitana de Belém (PA) e tinha planos de deixar o país.

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