O Brasil está na fase final de testes de um inovador sistema de alertas contra desastres naturais, como tempestades, enchentes e inundações. Desenvolvida nos últimos meses, essa tecnologia utiliza a rede de telefonia celular para enviar alertas que suspendem todas as atividades no celular do usuário e exibem uma mensagem de advertência na tela. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), vinculado ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), está atualmente construindo os protocolos de aplicação em colaboração com as defesas civis municipais.
O Cenad está supervisionando a aplicação do sistema em onze pequenos municípios distribuídos por todas as regiões do país. Esses municípios foram selecionados com base em três critérios: período chuvoso nas regiões Sul e Sudeste, histórico de grandes desastres nos últimos anos, e locais com maior número de alertas até outubro de 2023 em cada estado. Após o término dos testes, que está programado para os próximos dias, o sistema será lançado nacionalmente.
A tecnologia por trás desse sistema foi desenvolvida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em parceria com o Ministério das Comunicações (MCom). Este avanço significativo permitirá a emissão de alarmes sonoros mesmo quando o celular estiver no modo silencioso, sobrepondo-se a qualquer conteúdo em uso na tela para exibir a mensagem de alerta.
As principais melhorias com a implementação do novo sistema incluem:
- Não Dependência de Cadastro: Os usuários não precisarão se cadastrar previamente para receber os alertas.
- Alcance Instantâneo: Os alertas alcançarão instantaneamente todos os celulares conectados às antenas de telefonia da região em risco, utilizando geolocalização.
- Alarme Sonoro: Emitirá um alarme sonoro, mesmo quando o celular estiver em modo silencioso.
- Sobreposição da Mensagem: A mensagem de alerta sobrepor-se-á a qualquer conteúdo em uso no celular, garantindo visibilidade imediata.
Essa nova plataforma se integrará aos serviços de alertas de desastres já existentes, que atualmente são enviados por mensagem de texto (SMS), Telegram, Google Alertas, TV por assinatura e, mais recentemente, pelo WhatsApp.