25 novembro 2024

Chuvas no RS: número de mortos pelas enchentes sobe para 169

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O número de mortos pelas enchentes no Rio Grande do Sul subiu para 169, conforme o último boletim da Defesa Civil gaúcha, publicado na manhã deste domingo (26). O número de desaparecidos caiu para 56, dez a menos que o registrado no sábado.

As enchentes já afetaram 2,3 milhões de pessoas em 469 municípios do estado. Atualmente, há 581 mil pessoas desalojadas e 55 mil em abrigos.

Além disso, mais de 112 mil pessoas estão sem energia elétrica. A Corsan informou que o sistema de abastecimento de água foi normalizado.

O estado registra 67 trechos com bloqueios totais e parciais em 42 rodovias, incluindo estradas, pontes e balsas.

Condições dos rios:

  • Lago Guaíba – Porto Alegre: 4,13 metros (cota de inundação: 3,00 no Centro; 2,10 nas Ilhas)
  • Rio dos Sinos – São Leopoldo: 4,75 metros (cota de inundação: 4,50)
  • Rio Gravataí – Passo das Canoas: 5,40 metros (cota de inundação: 4,75)
  • Rio Taquari – Muçum: 5,30 metros (cota de inundação: 18,00)
  • Rio Caí – Feliz: 3,30 metros (cota de inundação: 9,00)
  • Rio Uruguai – Uruguaiana: 8,31 metros (cota de inundação: 8,50)
  • Lagoa dos Patos – Laranjal: 2,32 metros (cota de inundação: 1,30)

As enchentes transformaram várias áreas de Porto Alegre em lixões a céu aberto, com grandes volumes de resíduos acumulados nas ruas. Desde a quinta-feira, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) retirou 7.370 toneladas de lixo das calçadas, encaminhando os resíduos para um aterro emergencial a 22 quilômetros da cidade.

Uma força-tarefa de cerca de 800 garis está atuando nos bairros mais afetados pela cheia do Guaíba. No entanto, com muitos pontos da cidade ainda submersos, as equipes só conseguem trabalhar onde é possível chegar, como Menino Deus, Cidade Baixa e Centro Histórico. Seis bairros permanecem totalmente inacessíveis até sexta-feira.

Enquanto a limpeza não é concluída, a população enfrenta mau cheiro, lama e lodo nas áreas inundadas. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), estimou que a limpeza da cidade custará no mínimo R$ 100 milhões e afirmou que o processo “não vai terminar do dia para a noite”.

Via O Globo.

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