Há exatos 104 anos, em 12 de maio de 1918, Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, protagonizava a primeira celebração do Dia das Mães no Brasil, uma iniciativa da Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul (ACM-RS).
Naquele domingo chuvoso, o salão social da ACM-RS se encheu de pessoas para homenagear as mães de forma delicada e simbólica. Cravos vermelhos e brancos adornavam o ambiente, representando respeivamente mães vivas e falecidas. O evento incluiu discursos, música e poesia, com destaque para a participação da escritora Júlia Lopes de Almeida.
Essa tradição gaúcha logo se espalhou pelo país, com celebrações similares em outras cidades e estados. Em 1932, o Dia das Mães tornou-se feriado oficial no Brasil por decreto de Getúlio Vargas, e em 1947 foi incluído no calendário oficial da Igreja Católica.
A origem da data remonta aos Estados Unidos, onde Anna Jarvis, inspirada pela trajetória pacifista de sua mãe durante a Guerra Civil, iniciou uma campanha em 1907 para homenagear as mães. A ideia era ter um momento íntimo de reflexão e paz, mas ao longo dos anos, o Dia das Mães transformou-se em um marco comercial importante, movimentando bilhões de reais no Brasil, sendo a segunda data mais relevante para o comércio, perdendo apenas para o Natal.
A essência da data como uma homenagem à figura materna e aos ideais pacifistas permanece viva, lembrando-nos da importância de reconhecer e valorizar o papel das mães em nossas vidas.
