19 maio 2024

Filho denuncia descaso no atendimento à mãe em Sena Madureira: “Onde estava a ambulância?”

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Mauro Sandro Pereira Correa, morador de Sena Madureira, no Acre, denuncia falta de assistência à sua mãe, Celina Pereira Corrêa, de 78 anos, que se encontra em estado grave após um coma.

No dia 25 de abril, a senhora Celina foi levada ao hospital em uma caminhonete do Corpo de Bombeiros, pois não havia ambulância disponível no município. Segundo Mauro, os profissionais de saúde do posto de saúde local apenas sugeriram que a levassem ao hospital, mesmo vendo a aflição da família e a gravidade do estado da paciente.

“Meu pai ficou desesperado e foi até o hospital local solicitar o socorro, para fins de enviarem uma remoção (ambulância), onde foi informado que não havia ambulância e que deveria solicitar o socorro do corpo de bombeiros, o que foi feito e prontamente vieram para auxiliar no socorro, com veículo impróprio para condução de uma senhora de 78 anos, que estava acamada por uma cirurgia de fêmur realizada em 18.01.2024”, relata Mauro.

Mauro também questiona a falta de acompanhamento médico e fisioterapêutico à sua mãe. Segundo ele, a equipe da Estratégia da Família não fez nenhuma visita ao domicílio da paciente nos últimos 90 dias, mesmo após a cirurgia de fêmur.

“Onde estava a equipe de estratégia da família, que sequer encaminhou um fisioterapeuta no domicílio, onde a única visita daquele profissional foi apenas no dia do ocorrido?”, questiona Mauro.

Ao chegar ao hospital, a senhora Celina teve que esperar por mais de 24 horas para ser removida para Rio Branco, mesmo estando em estado grave.

“Porque minha mãe ficou mais de 24 horas no hospital aguardando remoção, sabendo que em uma urgência de vida, o município tem o dever e obrigação de contratar uma UTI para conduzir o paciente que corre risco de morte, em Rio Branco? Se tem ambulância privada, porque não foi acionada? Porque demoraram tanto para dar a devida assistência a vida de um Senhora de 78 anos?”, questiona Mauro.

Mauro cobra providências das autoridades do município e pede que o caso seja investigado.

“Quero aqui deixar os meu reconhecimentos ao Corpo de Bombeiros que prestou o devido socorro a conduzindo até o hospital, mesmo que em veículo impróprio. Quero perguntar ao Sr. Prefeito Mazinho, e se fosse um familiar de primeiro grau seu, como seria feito a remoção para Rio Branco? “, finaliza Mauro.

A senhora Celina encontra-se entubada no leito número 15, da UTI 1, do Hospital de Urgência de Rio Branco.

Confira nota de repúdio na íntegra:

Nota de Repúdio

“Me chamo Mauro Sandro Pereira Correa, fui morador da cidade de Sena Madureira, localizada no Estado do Acre, onde ainda residem meus pais. Pois bem, em 25.04.2024, fui surpreendido com a imagem que segue em anexo, que tive acesso por um grupo familiar, por onde monitoramos minha Genitora. A imagem foi de bombeiros conduzido na carroceria de uma caminhonete a pessoa de minha Mãe, que naquele momento encontrava-se em COMA, pois em momento anterior, foi acionado o pessoal do posto de saúde, que por sinal fica muito próximo a residência do ocorrido, onde então, aqueles profissionais, ao comparecerem no local, avaliaram e indicaram que a levassem para o hospital. No entanto, outro fato que me chamou a atenção, foi que aqueles profissionais de saúde, apenas sugeriram que a levassem ao hospital, mesmo vendo a aflição de meu pai, um senhor de 78 anos de idade, e de nossa funcionaria que também estava aflita com um pessoa que não respondia a nenhum estímulo e estava com os olho abertos (minha Mãe).

Logo, aqueles profissionais de saúde não auxiliaram na remoção, nem sequer solicitaram o socorro. Meu Pai ficou desesperado e foi até o hospital local solicitar o socorro, para fins de enviarem uma remoção (ambulância), onde foi informado que não havia ambulância e que deveria solicitar o socorro do corpo de bombeiros, o que foi feito e prontamente vieram para auxiliar no socorro, com veículo impróprio para condução de uma senhora de 78 anos, que estava acamada por uma cirugia de fêmur realizada em 18.01.2024. Ai também já fica outra questão: -Onde estava a equipe de estratégia da família, que sequer encaminhou um fisioterapeuta no domicílio, onde a única visita daquele profissional foi apenas no dia do ocorrido? No entanto, passaram-se mais de noventa dias e não houve a visita do fisioterapia em momento anterior ao fato ocorrido em 25.04.2024, vejam bem, o posto de saúde municipal fica a menos de 300m, aí ficam alguns interrogações:

-Cadê o ACS (agente comunitário de saúde) responsável por analisar as demandas e repassar para o pessoal da estratégia da família, par elaborar junto com o médico da família o melhor plano de tratamento humanizado?

-Porque o fisioterapeuta não foi em momentos anteriores?

-Cadê a ambulância do municio para prestar o devido socorro?

Aliado a tudo isso, ao chegar no hospital, depois de avaliada pela equipe médica ainda teve o descaso dela ficar um tempo (coisa que um paciente grave não tem) onde foi decidido qual paciente seria conduzido primeiro a Rio Branco, minha mãe o outra pessoa que ao final foi decido pela outra pessoa a condução pela ambulância. Então fica a grande pergunta,: -Sr Prefeito, como Vossa pessoa decide sobre a vida de quem salva? Não adianta dizer que quem decide é o médico, pois a competência é sua Sr Prefeito, da aquisição de novas remoções, veículo utilizado de forma vital para conduzir pacientes graves, porque só tem uma remoção UTI no hospital de uma cidade com mais de 45.000 habitantes (senso 2020)? Porque minha mãe ficou mais de 24 horas no hospital aguardando remoção, sabendo que em uma urgência de vida, o município tem o dever e obrigação de contratar uma UTI para conduzir o paciente que corre risco de morte, em Rio Branco? Se tem ambulância privada, porque não foi acionada? Porque demoraram tanto para dar a devida assistência a vida de um Senhora de 78 anos?

Senhor Prefeito, minha mãe chama-se: Celina Pereira Corrêa, e o descaso com a vida ocorreu.

Quero aqui deixar os meu reconhecimentos ao Corpo de Bombeiros que prestou o devido socorro a conduzindo até o hospital, mesmo que em veículo impróprio.

Quero perguntar ao Sr Prefeito Mazinho, e se fosse um familiar de primeiro grau seu, como seria feito a remoção para Rio Branco?

Ela encontra-se entubada no leito número 15, da UTI 1, do Hospital de Urgência de Rio Branco.

Fica aqui minha nota de repúdio.”

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