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Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado por “motivação econômica”, diz delegado

De acordo com informações da investigação conduzida pela 25ª DP (Engenho Novo), a suspeita Júlia Cathermol teria assassinado o empresário Luiz Marcelo Ormond devido a uma “motivação econômica”.

Segundo relatos do delegado Marcos Buss, Júlia não teria reagido bem à notícia de que seu namorado havia desistido de formalizar a união estável entre eles. A suspeita agora está foragida da Justiça.

“A motivação econômica é evidente. Temos indícios de que Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Contudo, em certo momento, percebe-se que a vítima desistiu da formalização”, explicou Buss.

“Isso fortalece a hipótese de homicídio, não latrocínio, pois o plano inicial parece ser eliminar a vítima após a formalização da união estável”, acrescentou o delegado.

O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado em seu apartamento no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, em 20 de maio. A investigação aponta que ele teria sido morto por Júlia ao ingerir um brigadeirão envenenado.

O relato da suspeita no depoimento indica uma atitude fria. Júlia afirmou que Luiz serviu seu café da manhã na segunda-feira de manhã, o que é contraditório com a necropsia, pois o empresário já estava morto.

“Este é um caso extremamente chocante pela evidente frieza. Ela permaneceu dentro do apartamento da vítima, com o cadáver, por aproximadamente 3 a 4 dias. Durante esse período, ela dormiu ao lado do cadáver, se alimentou e até desceu para a academia antes de retornar ao apartamento onde o corpo se encontrava”, detalhou o delegado.

“A linha de investigação aponta para um homicídio qualificado, qualificado pela torpeza, já que tirou a vida da vítima para obter seus bens, além do uso de veneno”, concluiu Buss.

Outra possível participante no crime é uma mulher chamada Suyany Breschak, que se identifica como cigana. Segundo a polícia, ela pode ter colaborado com Júlia no planejamento da morte de Luiz Marcelo.

Suyany relatou que realizava rituais espirituais para Júlia, que lhe devia cerca de R$ 600 mil pelos serviços prestados. Ela afirmou que Luiz sabia que Júlia era garota de programa, pois foi assim que a conheceu.

Em seu depoimento, Suyany disse que Júlia admitiu ter colocado 50 comprimidos moídos em um brigadeirão e dado para Luiz Marcelo comer.

A suspeita também confessou ter recebido o carro de Luiz Marcelo das mãos de Júlia como pagamento de parte da dívida. O veículo foi levado até Araruama, na Região dos Lagos, juntamente com vários pertences da vítima, como um computador.

O advogado de Suyany, Cleison Rocha, defende a inocência de sua cliente, afirmando que ela é acusada injustamente.

O Disque Denúncia divulgou um cartaz na quarta-feira (29) para colaborar com a investigação e ajudar na localização e prisão de Júlia Andrade Cathermol Pimenta.

Via G1.