A gravação foi feita após o grupo de amigos deixar a Encore Poker Clube, na Rua Marechal Barbacena, no Tatuapé. A imagem ajuda a completar o quebra-cabeças do caso junto a outra filmagem obtida e divulgada anteriormente pela imprensa.
Uma câmera de segurança de um imóvel perto da casa de pôquer havia registrado os quatro amigos deixando o local. Em seus depoimentos à Polícia Civil, Juliana e Marcus disseram que não se lembravam se Fernando havia bebido nesse local.
Mas haviam dito que tanto eles quanto Fernando e Giovana tomaram drinks alcoólicos antes na Porchetteria Gastronomia & Cocktail, na Rua Professor João de Oliveira Torres, também no Tatuapé. Uma comanda do grupo, que está no inquérito, mostra oito drinques de uísque com licor e uma caipirinha no lugar.
Segundo a investigação, a casa de pôquer não tinha imagens do grupo de amigos no local. Já a Porchetteria só gravou um garçom pegando copos da mesa onde o grupo estava.
O empresário Fernando Sastre, que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, durante acidente de trânsito na Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste de SP. — Foto: Montagem/g1/Reprodução
De acordo com os depoimentos de Juliana e Marcus, Giovana discutiu com Fernando após deixaram a casa de pôquer para que ele não dirigisse porque estava “alterado” por ter bebido. Nesse momento, a namorada do empresário desistiu de voltar para casa com ele e preferiu seguir com Juliana no carro de Marcus. O amigo do motorista do Porsche, por sua vez, seguiu com Fernando no carro de luxo. E suas namoradas foram atrás.
Imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atenderam a ocorrência do acidente mostraram que eles não tinham o etilômetro, aparelho usado para aferir se um motorista bebeu. As body cams ainda registraram o momento que os agentes da Polícia Militar (PM) liberaram Fernando sem passar pelo teste.
Os PMs alegaram que a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, havia dito a eles que precisava levar o filho para um hospital porque ele estaria ferido. Mas isso não ocorreu. A Corregedoria da Polícia Militar considerou que os agentes erraram ao liberar o motorista o Porsche sem fazer o bafômetro e os afastaram das ruas para responderem a processo disciplinar.