4 outubro 2024

Justiça define se policial que matou jovem na Expoacre vai a júri popular nesta quarta-feira

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Nesta quarta-feira (5), a partir das 8 horas da manhã, a Cidade da Justiça em Rio Branco sediará a audiência de instrução do caso de Wesley Santos da Silva, jovem morto após ser baleado durante a Expoacre em agosto de 2023. A família de Wesley convoca a comunidade para participar de um manifesto em busca de justiça.

Wesley Santos, de 20 anos, e sua namorada, Rita de Cássia, foram alvejados dentro do Parque de Exposições Wildy Viana. O acusado, Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto, policial penal e ex-diretor do presídio de Senador Guiomard, foi preso em flagrante e enfrenta acusações de homicídio e tentativa de feminicídio, além de importunação sexual contra Rita.

Segundo testemunhas, o policial assediou várias mulheres dentro de um barzinho no parque, levando a uma série de confrontos que resultaram nos disparos fatais. A comunidade ficou em choque com o crime, que levou à prisão do acusado.

O processo tem sido marcado por reviravoltas, incluindo concessões e revogações de liberdade provisória. No entanto, o Ministério Público do Acre (MP-AC) conseguiu a prisão preventiva de Raimundo Nonato. Após a pronúncia do caso, ele se tornou réu, e agora a audiência de instrução determinará se ele será levado a júri popular.

A família de Wesley clama por justiça e espera que o julgamento traga respostas e punições adequadas. Eles convocam a presença da comunidade na audiência para mostrar apoio e pressionar por um desfecho justo.

Em um depoimento emocionante, Iza Souza, mãe de Wesley, revelou a dor e a determinação da família em busca de justiça. “Espero que ele seja condenado e pegue o máximo pela maldade que fez. Esse policial matou meu filho dentro do órgão público, no pátio, onde deveria estar para proteger. Quero que ele seja condenado”, disse Iza.

A perda de Wesley devastou a família. Ele era um pilar financeiro e emocional, sustentando seus irmãos mais novos. “Fomos destruídos, eu e o pai dele. Wesley era um filho único do pai e tinha três empregos para nos ajudar. Morávamos juntos, e ele era filho, pai, irmão ao mesmo tempo. Isso acabou com a nossa vida”, desabafou Iza.

Ela destacou a importância de honrar a memória de Wesley e de garantir que sua morte não seja em vão. “Todos os dias meu coração fica angustiado, meu coração queima lembrando do meu filho, da falta que ele faz. Ele destruiu não só a vida do meu filho, mas também a nossa”, afirmou Iza.

A audiência desta quarta-feira é um passo crucial no processo legal para trazer justiça a Wesley Santos da Silva e sua família. A comunidade acompanha o caso de perto, esperando que a verdade prevaleça e que os responsáveis sejam devidamente punidos. A luta por justiça de Iza Souza e sua família continua, reforçando a importância de apoiar e proteger as vítimas de crimes violentos.

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